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Críticos de Pequim temem voltar a Hong Kong, mesmo que seja de passagem

Nova lei de segurança nacional, aprovada na terça-feira, colocou em risco aqueles que antes viam na região semi-autónoma um local de proteção contra o Partido Comunista da China.

Críticos de Pequim temem voltar a Hong Kong, mesmo que seja de passagem
Notícias ao Minuto

08:59 - 04/07/20 por Notícias ao Minuto

Mundo Hong Kong

Há cerca de um ano, o artista dissidente chinês Badiucao procurava um lugar em Hong Kong para exibir alguns dos seus trabalhos, muitos dos quais criticam o Partido Comunista da China.

Agora, não colocaria os pés na ex-colónia britânica, nem que fosse apenas de passagem pelo aeroporto, admite, em declarações à CNN.

Esta mudança de atitude deve-se à aprovação da nova lei de segurança em Hong Kong, que entrou em vigor esta semana.

Esta nova lei não coloca em risco de prisão apenas os cidadãos que residem no país, mas também aqueles que, em qualquer lugar do mundo, tecerem críticas ao governo Chinês e coloquem um pé na região semi-autónoma.

"É realmente preocupante e aterrorizador. Não apenas para os residentes em Hong Kong, mas para todos os que se preocupam com os direitos humanos lá, na China e em geral", afirmou o artista, que se encontra na Austrália, em declarações à CNN.

Hong Kong foi, durante décadas, um espaço de proteção para os dissidentes chineses, estudantes ocidentais e organizações globais não-governamentais. Segurança essa que é agora colocada em causa. 

"Esta lei encobre crimes que ocorrem simplesmente devido à liberdade de expressão. Há uma hipótese de que o discurso, mesmo fora desta região, coloque qualquer um em risco a partir do momento em que entra nesta jurisdição", disse Jeremy Daum, membro do centro de advocacia de Yale.

"Hong Kong costumava ser um lugar seguro. Já não é", acrescentou.

O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China ratificou na terça-feira a controversa lei de segurança de Hong Kong, que permite punir quatro tipos de crimes contra a segurança do Estado: atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras que ponham em risco a segurança nacional em Hong Kong.

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