Segundo o porta-voz da polícia, 103 manifestantes foram detidos.
Além da manifestação em frente ao Parlamento, os apoiantes de Gaguik Tsaroukian, um rico empresário e líder do principal partido da oposição, Arménia Próspera, também bloquearam várias ruas e acessos à capital com autocarros e camiões.
No domingo, 90 pessoas já haviam sido detidas brevemente depois de os serviços de segurança fazerem buscas visando Tsaroukian.
Devido à epidemia do novo coronavírus, que causa a doença covid-19, as manifestações estão proibidas na Arménia.
Espera-se que os legisladores arménios votem o levantamento da imunidade de Tsaroukian.
A procuradoria quer manter o opositor em prisão preventiva durante a investigação de um negócio ilegal de jogo que supostamente Tsaroukian teria orquestrado, que teria custado 60 milhões ao Estado.
O opositor também é suspeito de "comprar votos" durante as eleições legislativas de 2017.
Tsaroukian denunciou os processos como "motivados politicamente" para silenciar as suas críticas ao primeiro-ministro areménio, Nikol Pachinian, acusado de ter administrado mal a epidemia.
Quando a Arménia suspendeu o confinamento imposto em 04 de maio, o país contava com 2.507 casos de covid-19 e 39 mortes.
Mas, hoje, o balanço saltou para 17.489 casos e 293 mortes.
O primeiro-ministro Pachinian, que foi infetado com o novo coronavírus e recuperou-se desde então, goza de considerável popularidade na Arménia.
Este ex-jornalista chegou ao poder em 2018, após um grande movimento de protesto pacífico contra o seu antecessor, Serge Sarkissian.
Desde então, Pachinian liderou uma cruzada contra a corrupção no país.
Tsaroukian controla 25 dos 132 assentos no Parlamento. O primeiro-ministro tem uma maioria de 88 deputados.