EUA, Canadá e Austrália acusam China de violar obrigações internacionais

Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Austrália acusaram hoje a China de violar as suas obrigações internacionais após a adoção pelo parlamento chinês de uma controversa lei sobre a segurança em Hong Kong, numa resposta aos protestos de 2019.

Protestos Hong Kong

© Reuters

Lusa
28/05/2020 16:22 ‧ 28/05/2020 por Lusa

Mundo

Hong Kong

"A decisão da China de impor a nova lei sobre a segurança em Hong Kong entra em contradição direta com as obrigações internacionais segundo os princípios da declaração conjunta assinada pela China e o Reino Unido, legalmente vinculativa e registada junto da ONU", declararam os chefes da diplomacia dos quatro países em comunicado comum, no qual exprimem "profunda inquietação".

A lei em questão "limitaria as liberdades da população de Hong Kong e degradaria de forma dramática a autonomia e o sistema que a tornaram tão próspera", lê-se no texto.

Na perspetiva das quatro diplomacias, esta lei permite a possibilidade de "perseguições por razões políticas".

Os países signatários assinalam ainda a sua "extrema inquietação" por um agravamento das "divisões no interior da sociedade de Hong Kong" e apelam a Pequim a "trabalhar com o povo de Hong Kong para encontrar uma solução aceitável para as duas partes".

Sem surpresa, os cerca de 3.000 deputados da Assembleia nacional popular aprovaram hoje por expressiva maioria a medida, que já motivou um aumento da tensão nesta região autónoma do sul da China.

A proposta recebeu 2.878 votos a favor, um contra e seis abstenções.

Pequim fez desta lei uma prioridade após as grandes manifestações de 2019 contra o poder central, que degeneraram em violências e fomentaram o sentimento independentista.

Os opositores democratas à influência de Pequim no território afirmam que a medida abre caminho a uma regressão sem precedentes das liberdades na metrópole financeira de sete milhões de habitantes.

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