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Tribunal moçambicano condena duas pessoas a prisão por caça ilegal

O Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado condenou hoje duas pessoas a seis anos de prisão por caça ilegal de animais numa área de conservação no norte de Moçambique.

Tribunal moçambicano condena duas pessoas a prisão por caça ilegal
Notícias ao Minuto

21:34 - 27/05/20 por Lusa

Mundo Cabo Delgado

Os dois cidadãos foram encontrados, em maio de 2019, na posse de 60 quilos de carne elefante no Parque Nacional das Quirimbas, que, em 2018, juntamente com outras 681 zonas, foi designado reserva mundial da biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO),

Falando durante a leitura da sentença, o juiz Geraldo Patrício disse que a pena dos réus foi "extraordinariamente atenuada", porque não foram encontrados elementos que provassem que os dois fossem responsáveis pela morte do animal.

As penas frequentes aplicadas para caça ilegal em Moçambique variam entre 12 e 16 anos de prisão.

Ocupando uma área 7.506 quilómetros quadrados, o parque abrange seis distritos da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem no país, tendo reduzido drasticamente algumas espécies, segundo dados oficiais.

De acordo com os últimos dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação, desde 2009, o país perdeu pelo menos dez mil elefantes e, só na Reserva do Niassa, com uma extensão de 42.400 quilómetros quadrados, o número total desta espécie passou de 12.000 para 4.400 em três anos (entre 2011 e 2014).

Relatórios mais recentes indicam que o país perdeu, entre 2011 e 2016, 48% da população de elefantes, correndo o risco de ser banido do comércio internacional de derivados da espécie, devido à falta de clareza na gestão dos animais.

No censo de elefantes de 2018, foi calculada para Moçambique uma população total de 9.122 animais.

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