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Mais de 20 mil migrantes mortos no Mediterrâneo desde 2014, diz OIM

Mais de 20 mil migrantes terão morrido no mar Mediterrâneo desde 2014, divulgou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM), realçando que esta estimativa se agravou em fevereiro último com o registo de naufrágios e vários outros incidentes.

Mais de 20 mil migrantes mortos no Mediterrâneo desde 2014, diz OIM
Notícias ao Minuto

15:59 - 06/03/20 por Lusa

Mundo OIM

Entre os mais recentes incidentes marítimos registados nesta rota migratória, o porta-voz da OIM, Paul Dillon, destacou o presumível afogamento de 91 pessoas que viajavam num bote que zarpou de Garabulli, na Líbia, no passado dia 09 de fevereiro, e o desaparecimento de uma embarcação que partiu da Argélia em 14 de fevereiro.

Apesar deste "triste marco", a OIM referiu, numa nota informativa, que o número anual de pessoas dadas como desaparecidas ou que morreram durante a travessia do Mediterrâneo tem vindo a diminuir, todos os anos, desde 2016, quando mais de 5.000 pessoas morreram nesta rota migratória.

A agência da ONU liderada pelo português António Vitorino reiterou o pedido para a expansão "de rotas seguras e legais para migrantes e refugiados", de forma a reduzir os potenciais incentivos para a utilização de vias irregulares e "para ajudar a prevenir a perda desnecessária e evitável de vidas".

No mesmo comunicado, a OIM lamentou ainda a ocorrência de casos que são conhecidos como "embarcações fantasmas" ou "naufrágios invisíveis": casos relatados frequentemente pelas organizações não-governamentais (ONG) envolvidas no resgate humanitário no Mediterrâneo e que envolvem embarcações que emitem em alto mar pedidos de socorro.

Em alguns casos, as ONG também recebem pedidos de ajuda por parte de famílias que não sabem do paradeiro dos respetivos familiares.

"Dois terços das mortes que registámos são pessoas que estão dadas como desaparecidas em alto mar sem deixar rasto", afirmou o diretor do Centro de Análise de Dados de Migração Global da OIM, Frank Laczko.

"O facto de termos atingido este novo e triste marco reforça a posição da OIM de que existe uma necessidade urgente para aumentar e ampliar a capacidade (de busca e de resgate) no Mediterrâneo", concluiu Frank Laczko.

O Mediterrâneo integra três grandes rotas migratórias: Mediterrâneo Oriental (da Turquia para a Grécia), Mediterrâneo Central (da Líbia para Itália e Malta) e Mediterrâneo Ocidental (de Marrocos para Espanha).

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