Conselho de Redação da Efe defende independência dos jornalistas
O Conselho de Redação da Efe sublinhou hoje, na sequência da destituição do presidente da agência, Fernando Garea, pelo Governo espanhol, que a independência, credibilidade, rigor e profissionalismo dos jornalistas da agência são inquestionáveis.
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Mundo Jornalistas
A destituição sem explicações de Fernando Garea como presidente da Efe por parte do Governo gerou críticas licitas, tendo em conta que a designação do responsável máximo da agência ainda depende do executivo, mas também suscitou reações que põem em dúvida sem argumentos a independência e honestidade dos seus jornalistas, dúvidas que o Conselho de Redação recusa e denuncia por serem falsas.
A independência, credibilidade, rigor e profissionalismo da agência estão e estarão sempre garantidos à margem de quem seja a pessoa que presida à Efe, referiu ainda o Conselho de Redação da agência espanhola.
O Conselho de Redação da Efe -- que recorda que a agência carece de linha ideológica -- afirma ainda que a obrigação e razão de ser dos jornalistas da agência é garantir o direito dos cidadãos a uma informação verídica e de qualidade porque a Efe pertence à sociedade espanhola e não ao Governo.
No comunicado, o Conselho de Redação também solicita aos grupos parlamentares para impulsionarem a reforma legal necessária para que a designação do presidente da Efe passe a ser através de um amplo acordo parlamentar e deixe de depender do Governo, uma mudança legislativa que partidos que juntam a maioria suficiente para o fazer se comprometeram a promover.
Garea, à frente da Efe desde julho de 2018, anunciou em 17 de fevereiro numa carta enviada aos trabalhadores da agência que o presidente do Governo espanhol o tinha destituído.
Na referida carta, Garea agradeceu aos trabalhadores da Efe a lição de que "uma agência pública de notícias não é uma agência de notícias do Governo, nem sequer uma agência oficial".
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