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Milhares manifestam-se em Santiago do Chile contra uma nova Constituição

Vários milhares de pessoas marcharam hoje pelas ruas de um bairro de Santiago do Chile em protesto contra a elaboração de uma nova Constituição e incentivando a rejeição do processo constituinte no próximo plebiscito, no final de abril.

Milhares manifestam-se em Santiago do Chile contra uma nova Constituição
Notícias ao Minuto

20:17 - 15/02/20 por Lusa

Mundo Chile

Entoando palavras de ordem como "Rejeição, rejeição", "Não queremos miséria" ou "Não seremos Cuba ou Venezuela", os cidadãos manifestaram-se no bairro de Las Condes, no leste da capital do Chile, para mostrar o seu desacordo com a criação de uma nova Carta Magna.

Aos gritos de protesto dos manifestantes juntaram-se buzinas de carros que passavam perto, incentivando os participantes na mobilização, que, segundo a agência Efe, decorreu sem incidentes.

A atual Constituição chilena, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), tem recebido críticas por gerar desigualdades naquele país da América do Sul.

Desde outubro o Chile é palco de protestos contra o modelo socioeconómico vigente e o Governo de Sebastián Piñera, registando-se já pelo menos 30 mortos.

O Governo e a oposição firmaram um acordo para efetuar um processo constituinte no qual os cidadãos decidirão sobre o futuro da Constituição.

Em 26 de abril, os cidadãos são chamados às urnas para decidir se aprovam a criação de uma nova Magna Carta ou se ficam com a atual.

Essa última opção, de manter a redação atual, é defendida por cidadãos como Jorge Sández, que explicou à Efe não haver necessidade de redigir uma nova Constituição, defendendo que se reformem apenas algumas leis.

Numa posição partilhada pelos vários milhares que com ele protestaram, Sández recusa uma nova Magna Carta, que considera levar o Chile "à situação da Venezuela ou Cuba".

"Rejeitamos o plebiscito do próximo dia 26 de abril, em que o comunismo quer estabelecer uma nova Constituição ou uma Assembleia Constituinte igual à venezuelana, equatoriana ou boliviana. Não queremos isso", afirmou.

A decisão parlamentar de convocar um plebiscito (consulta popular antes de se elaborar um projeto de lei) foi quase unânime - com exceção do Partido Comunista - e com a aproximação da data as forças política chilenas dividem-se claramente entre apoiantes e detratores da criação de uma nova Constituição.

No lado conservador, a maioria dos partidos que formam o grupo pró-Governo do Chile "Vamos" já deixou clara sua posição contra um novo texto, enquanto a oposição de esquerda fecha fileiras a favor da aprovação do processo constituinte.

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