Plano de Trump "não é perfeito", mas líderes palestinianos devem dialogar
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu hoje que o plano de o plano de paz norte-americano para o Médio Oriente divulgado na terça-feira por Donald Trump "não é perfeito", mas convidou a Autoridade Palestiniana a dialogar.
© Reuters
Mundo Boris Johnson
"<span class="news_bold">Nenhum plano é perfeito, mas este tem o mérito de propor uma solução com dois Estados e asseguraria que Jerusalém seria a capital tanto de Israel como do povo palestiniano", afirmou hoje na Câmara dos Comuns, durante o debate semanal com os deputados.
Boris Johnson respondia ao líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, que alegou que o plano "não é de paz" porque "anexar território palestiniano, permite a colonização ilegal por Israel, transforma cidadãos palestinianos em cidadãos israelitas e retira direitos fundamentais aos palestinianos".
O primeiro-ministro desafiou Corbyn, um ativista dos direitos dos palestinianos, a "falar com amigos na Autoridade Palestiniana para conversar sobre esta iniciativa e dialogar, em vez de deixar um vácuo político".
Divulgado na terça-feira por Trump ao lado do primeiro-ministro israelita em funções, Benjamin Netanyahu, o plano prevê a anexação de partes da Cisjordânia ocupada e suscitou a aprovação de numerosos israelitas e a cólera dos palestinianos.
Entre os numerosos pontos sensíveis do plano está a anexação por Israel dos colonatos que criou na Cisjordânia ocupada desde 1967, em particular no vale do Jordão, que deve tornar-se a fronteira oriental de Israel.
O plano exige um congelamento de construção de novos colonatos israelitas, durante quatro anos, para permitir à Palestina consolidar o seu Estado, enquanto decorrem negociações para estabilizar a situação.
O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Habbas, considerou o plano de paz para o Médio Oriente de Donald Trump como "absurdo" e o movimento Hezbollah considerou-o uma "tentativa de eliminar os direitos do povo palestiniano".
Num comunicado publicado na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, considerou o plano "uma proposta séria, que reflete grande um esforço e tempo".
Porém, disse que só os líderes de Israel e dos palestinianos podem avaliar as propostas e negociar para que seja possível uma coexistência pacífica e criar oportunidades
"Nós incentivamo-los a considerar este plano de forma genuína e justa e a explorar se pode ser o primeiro passo no caminho de volta às negociações", afirmou.
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