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Trump congelou ajuda a Kiev para conseguir que Bidens fossem investigados

O rascunho de um livro do ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton sugere que o presidente travou a assistência financeira à Ucrânia para conseguir que o governo de Zelenskyi investigasse Joe Biden e o filho.

Trump congelou ajuda a Kiev para conseguir que Bidens fossem investigados
Notícias ao Minuto

07:58 - 27/01/20 por Fábio Nunes

Mundo Impeachment Trump

Donald Trump disse em agosto de 2019 ao seu então conselheiro de Segurança Nacional John Bolton que queria continua a congelar a assistência financeira à Ucrânia até obter ajuda do governo liderado por Volodymyr Zelenskyi nas investigações a Joe Biden e ao seu filho Hunter, que fez parte da administração da empresa ucraniana Burisma. Esta informação consta no rascunho de um livro de Bolton que foi divulgado e ao qual o The New York Times teve acesso.

As afirmações do antigo conselheiro de Segurança Nacional – John Bolton deixou o cargo em setembro de 2019 – têm particular importância numa altura em que o processo de ‘impeachment’ está a ser julgado no Senado norte-americano. Os democratas querem que John Bolton testemunhe, algo que Mitch McConnell, líder dos republicanos no Senado, pretende evitar.

No entanto, as descrições do manuscrito de Bolton sobre a forma como Trump geriu a questão da ajuda financeira a Kiev podem ter um impacto na defesa de Trump no processo de ‘impeachment’, mesmo que o ex-conselheiro não sirva de testemunha. A equipa de defesa do presidente pode ter dificuldade em defender que o congelamento da assistência financeira à Ucrânia não esteve ligada aos pedidos de Trump para que os Bidens fossem investigados por Kiev.

No rascunho do livro, ao longo de várias páginas John Bolton fala sobre a questão da ajuda à Ucrânia, salientando que esta foi uma situação que durou vários meses até ter saído da Casa Branca em setembro do ano passado. Bolton não implica apenas o presidente, mas também alguns elementos da administração Trump e o seu advogado pessoal Rudy Giuliani.

Bolton escreveu que o secretário de Estado Mike Pompeo admitiu numa conversa privada que as alegações de Giuliani de que a então embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Marie Yovanovitch, era corrupta não tinham fundamento e que acreditava que Giuliani estaria a agir em nome de outros clientes.

O antigo conselheiro de Segurança Nacional revelou no manuscrito que, após a conversa telefónica de Trump com Zelenskyi em julho de 2019, deu conhecimento das suas preocupações sobre o papel nas sombras que Giuliani tinha no caso da Ucrânia ao procurador-geral dos Estados Unidos William Barr. O Departamento de Justiça afirmou anteriormente que Barr só teve conhecimento da chamada entre Trump e o seu homólogo ucraniano em agosto.

O rascunho do livro de Bolton foi enviado para a Casa Branca, algo que faz parte de um processo de revisão normal para atuais ou antigos elementos de administrações norte-americanas que escrevem livros. Este processo pode ser usado pela Casa Branca para atrasar ou até cortar algumas passagens do livro de John Bolton.

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