Trump pediu que embaixadora dos EUA na Ucrânia fosse removida do cargo

O presidente norte-americano, Donald Trump, pediu em 2019 que a embaixadora dos EUA na Ucrânia fosse "retirada" do cargo, informou hoje a estação televisiva ABC.

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© Reuters

Lusa
25/01/2020 06:55 ‧ 25/01/2020 por Lusa

Mundo

Donald Trump

Marie Yovanovitch é uma testemunha-chave no processo de destituição de Donald Trump, que está a decorrer no Senado.

A ABC teve acesso a um áudio, que não divulgou, em que alegadamente se ouve Trump a expressar a sua insatisfação com Yovanovitch, no seu hotel em Washington, em 30 de abril de 2018.

Esse encontro contou a alegada participação do ucraniano naturalizado cidadão dos EUA Lev Parnas, sócio do advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, e que está acusado de ter vigiado ilegalmente Yovanovitch, assunto que provocou a abertura de uma investigação na Ucrânia.

"Livrem-se dela!", afirmou Trump, segundo a ABC. "Tirem-na amanhã. Não quero saber. Tirem-na amanhã. Tirem-na! Ok? Façam-no", exigiu Trump.

Yovanovitch já testemunhou perante o Congresso dos EUA, no processo de destituição a Trump, que é acusado de ter pressionado o seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, para que abrisse uma investigação destinada a prejudicar o ex-vice-presidente Joe Biden, que está a disputar a nomeação pelos democratas para as eleições presidenciais de novembro.

Na ocasião, na sua intervenção na Câmara dos Representantes, Yovanovitch assegurou que teve de acabar a sua carreira diplomática, ao fim de 33 anos, devido aos ataques de que foi vítima.

Alegadamente, Trump e Giuliani viam Yovanovitch como um obstáculo aos seus planos para pressionar o executivo ucraniano, segundo a versão dos democratas.

A Casa Branca não negou as pressões de Trump para tirar Yovanovitch da Ucrânia nem contestou a autenticidade da gravação obtida pela ABC News, limitando-se a enfatizar que cada governo tem direito a nomear pessoas da sua confiança.

"Todos os presidentes da nossa história tiveram o direito de colocar dentro da administração pessoas que apoiavam a sua agenda e as suas políticas", sublinhou a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham.

 

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