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ONU "enfurecida e chocada" com ataque a acampamento na Nigéria

O coordenador humanitário das Nações Unidas na Nigéria, Edward Kallon, disse hoje estar "enfurecido" pelo ataque armado contra um posto de ajuda da ONU no nordeste do país, perto de um campo de refugiados.

ONU "enfurecida e chocada" com ataque a acampamento na Nigéria
Notícias ao Minuto

19:54 - 20/01/20 por Lusa

Mundo Nigéria

"Estou enfurecido pelo ataque extremamente violento contra esta instalação de ajuda, onde cinco funcionários das Nações Unidas estavam durante o incidente", lê-se num comunicado distribuído hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU).

No sábado, ao final da tarde, o centro humanitário em Ngala, uma cidade no nordeste da Nigéria foi atacada por homens armados em camiões, que incendiaram toda uma secção deste centro e um dos poucos veículos que a ONU usa para distribuir ajuda humanitária e para as suas próprias deslocações.

No comunicado, a ONU salienta que o diretor no país está "chocado pela violência e intensidade do ataque, que é o último de demasiados incidentes apontados diretamente ao pessoal humanitário e à assistência que dão".

O ataque, que não fez vítimas entre os trabalhadores da ONU, incidiu sobre os trabalhadores que prestam ajuda a mais de 55 mil pessoas na cidade Ngala, na fronteira com os Camarões, e teve um impacto significativo na vida das pessoas.

"Estes incidentes têm um efeito desastroso na vida das pessoas mais vulneráveis que dependem da nossa assistência para sobreviver", disse o responsável, salientando que "muitas delas já fugiram da violência na sua área de origem e foram para Ngala à procura de segurança e assistência".

As Nações Unidas e as organizações não-governamentais juntaram-se na Nigéria para dar uma ajuda fundamental às mais de sete milhões de pessoas que foram afetadas pela crise humanitária nos estados nigerianos de Borno, Adamawa e Yobe, e que "são cada vez mais alvo de ataques".

No ano passado, 12 trabalhadores humanitários morreram, o que representa uma duplicação face aos números de 2018, e dois funcionários continuam sequestrados nesta região africana.

O conflito provocado pelo grupo terrorista Boko Haram, muito ativo nesta região fronteiriça entre os Camarões e a Nigéria, já matou 35 mil pessoas e desalojou dois milhões de pessoas desde 2009.

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