A fonte da estatal brasileira disse hoje à Lusa que seis tripulantes "passaram mal após a ingestão de álcool etílico" a bordo do navio "Boka Vanguard".

A ingestão de "um líquido de limpeza" que continha etanol e metanol "não aconteceu por acidente", disse hoje à Lusa a Boskalis.

O armador holandês do navio sublinha que os trabalhadores só revelaram o sucedido "cerca de 36 horas após o consumo".

A organização não-governamental National Sea Rescue Institute (NSRI) da África do Sul disse que recebeu na terça-feira um pedido de ajuda do "Boka Vanguard", que se encontrava ao largo da cidade de Durban.

Num comunicado divulgado na quarta-feira, a organização não-governamental disse que um deles acabou por falecer e o corpo permaneceu a bordo do navio, a pedido do capitão, referiu o NSRI.

A decisão foi tomada "também tendo em conta a nacionalidade e destino do navio", explicou a Boskalis.

Os restantes cinco feridos, um dos quais em estado crítico, foram retirados de helicóptero para um hospital em Durban, referiu o NSRI.

A condição dos pacientes é estável e a Petrobras garantiu que "toda a assistência será prestada".

O "Boka Vanguard" está a transportar o Petrobras 70, uma unidade flutuante de produção, armazenamento e trasfega de crude, da China para o Brasil.

Os seis tripulantes afetados eram trabalhadores de empresas subcontratadas cuja missão a bordo era a manutenção da plataforma e "garantir que estivesse pronta à chegada".

A plataforma, conhecida por P-70, foi construída pela China Offshore Oil Engineering Co. (COOEC) nos estaleiros de Qingdao, no norte da China, de onde partiu no início de dezembro.

Foi a empresa estatal chinesa que contratou a Boskalis para transportar a P-70 e a Petrobras diz que "está em contacto" com a COOEC "para que todas as providências cabíveis sejam tomadas".

A Petrobras garante que o incidente não terá impacto no calendário de implantação da plataforma no campo de Atapu, na bacia de Santos, no Brasil.

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