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Estudantes desfilam na capital da Argélia contra presidente "ilegítimo"

Um milhar de estudantes manifestou-se hoje contra o poder na capital da Argélia, Argel, pela 46.ª semana consecutiva, criticando o novo governo formado pelo presidente Abdelmadjid Tebboune, cuja eleição recente consideram "ilegítima".

Estudantes desfilam na capital da Argélia contra presidente "ilegítimo"
Notícias ao Minuto

16:41 - 07/01/20 por Lusa

Mundo Argélia

Acompanhados de professores e outros cidadãos, os estudantes desfilaram sem incidentes nas ruas do centro da capital, no meio de um dispositivo de segurança importante, embora menor que nas semanas anteriores, constatou um jornalista da agência France Presse.

"Presidente ilegítimo, continuaremos a nossa marcha", gritaram os manifestantes dirigindo-se a Tebboune, eleito a 12 de dezembro num escrutínio boicotado pelo 'Hirak', o movimento de contestação popular ao regime que agita a Argélia há quase um ano.

O novo governo, cuja composição foi divulgada a 2 de janeiro, foi criticado pelos estudantes, que continuam a exigir a instauração de um "período de transição" para desmantelar o "sistema" no poder na Argélia desde a sua independência em 1962.

Alguns dos manifestantes tinham cartazes com o número dos elementos do novo governo, comparando-o com países onde o executivo é mais pequeno, como a Alemanha, a França ou a China.

"Eles confiaram os ministérios a responsáveis que trabalharam sob as ordens de (anterior presidente Abdelaziz) Bouteflika. É uma verdadeira provocação", insurgiu-se Salah Badi, 22 anos, estudante de mestrado de Direito em Argel.

Mais de um terço (11) dos 28 ministros nomeados na semana passada fizeram parte do governo cessante ou serviram durante os 20 anos da presidência de Bouteflika, obrigado a demitir-se a 2 de abril de 2019 sob pressão do 'Hirak'.

"Continuaremos a sair à rua pois as principais reivindicações do 'Hirak', nomeadamente a mudança do sistema, ainda não foram satisfeitas", explicou Walid, 21 anos, também estudante na faculdade de Direito da capital.

Concentrações de estudantes realizaram-se igualmente em Constatine (nordeste), Tizi Ousou e Bejaia, duas cidades da Cabília.

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