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EUA/Irão: Arábia Saudita apela a moderação para evitar escalada de crise

O Governo da Arábia Saudita pediu hoje moderação para "evitar tudo o que possa piorar a situação", após a morte de um alto comandante militar iraniano, vítima de um ataque militar norte-americano no Iraque.

EUA/Irão: Arábia Saudita apela a moderação para evitar escalada de crise
Notícias ao Minuto

18:17 - 03/01/20 por Lusa

Mundo Arábia Saudita

luz da rápida evolução (dos acontecimentos), o reino pede contenção para evitar tudo o que possa piorar a situação, com consequências incontroláveis", disse hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, em comunicado.

A Arábia Saudita, que é uma aliada dos EUA e um dos principais inimigos do Irão, acusou as "milícias terroristas" iranianas de estarem por detrás da escalada de violência na região.

A posição saudita alinha-se com o apelo já hoje feito pelo Governo dos Emirados Árabes Unidos, outro aliado dos EUA, para que haja uma demonstração de "sabedoria" e de "moderação" neste conflito.

Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos têm apoiado a política do Presidente Donald Trump contra Teerão, mas temem as represálias de grupos islâmicos e dos seus aliados no seu território, segundo especialistas.

Por isso, têm-se multiplicado apelos para contenção no conflito entre os EUA e o Irão, como o que foi feito hoje pelo Ministério do Interior do Bahrein, que anunciou através da rede social Twitter ter convocado os utilizadores das redes sociais para não colocarem mensagens que possam "prejudicar a ordem pública".

A declaração surgiu horas depois de terem sido divulgadas imagens de manifestações de protesto pelo assassínio de Qassem Soleimani em aldeias xiitas no Bahrein.

Comandante da força de elite iraniana Al-Quds, o general Qassem Soleimani morreu hoje num ataque aéreo contra o carro em que seguia em Bagdad que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras seis pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas -- Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem as partes envolvidas que reduzam a tensão. O quinto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU são os Estados Unidos.

No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.

Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como "um ato de terrorismo internacional".

Do lado iraquiano, o primeiro-ministro iraquiano demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassínio vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque" e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani "um ataque injustificado" e "uma violação flagrante à soberania iraquiana".

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