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Notre Dame, terrorismo, Greta e Nova Zelândia: O Mundo em 2019

Uma seleção das notícias de Mundo que mais interessaram aos leitores do Notícias ao Minuto, ao longo dos 12 meses de 2019.

Notre Dame, terrorismo, Greta e Nova Zelândia: O Mundo em 2019
Notícias ao Minuto

08:30 - 31/12/19 por Anabela Sousa Dantas , Fábio Nunes e Sara Gouveia

Mundo 2019 em Revista

O ano de 2019 arrancou com uma história que centrou as atenções em Espanha e que foi acompanhada atentamente no resto do mundo. Em janeiroJulen, um menino de dois anos, caiu num poço em Totalán, Málaga. Seguiram-se 13 dias de uma complexa operação de resgate conduzida pelas autoridades espanholas. O triste desfecho desta história, o momento em que foi encontrado Julen já sem vida, foi a notícia mais lida no mês de janeiro. Outra notícia que esteve em destaque no primeiro mês do ano foi o desaparecimento do avião onde seguia o jogador de futebol Emiliano Sala.

Depois de vários dias de buscas pela aeronave onde seguia o avançado argentino, foi já no mês de fevereiro que o aparelho foi finalmente encontrado no fundo do Canal da Mancha. Posteriormente, chegou a confirmação de que o corpo resgatado do avião era o de Sala. Meses mais tarde, foi divulgado o relatório toxicológico ao corpo que revelou que o jogador fora exposto a um nível elevado de monóxido de carbono antes do avião cair.

Março foi um mês marcado pela tragédia que se abateu sobre Moçambique na forma de um ciclone. O Idai fez 604 mortos no país. Uma das notícias mais lidas de março foi a do ato heróico de 40 funcionários de uma quinta com 26 mil crocodilos, que evitaram uma “desgraça terrível” no pós-Idai. O continente africano testemunhou outra tragédia em março quando um Boeing 747 Max da Ethiopian Airlines caiu pouco depois de descolar, vitimando as 157 pessoas que seguiam a bordo. Foi o segundo acidente aéreo com este modelo da Boeing no espaço de meses. O 747 Max foi retirado de circulação e a Boeing já anunciou a suspensão da produção destes aviões e partir do início de 2020.

O incêndio que destruiu parcialmente a catedral de Notre-Dame foi a notícia mais lida de abril. O mundo assistiu incrédulo às imagens que mostravam uma das principais atrações europeias a arder. Durante horas temeu-se o pior, mas o esforço dos bombeiros deu frutos: o incêndio foi extinto e Notre-Dame sobreviveu. Em abril, chegou também ao fim a estadia de Julian Assange na embaixada do Equador em Londres. O fundador do Wikileaks foi entregue às autoridades britânicas e logo surgiu a suspeita de que a sua expulsão estaria relacionada com a divulgação de informação e de uma fotografia do presidente equatoriano Lenín Moreno.

No mês de maio as atenções dos leitores focaram-se na história de quatro pessoas apanhadas pelas autoridades escondidas em motores de carros para conseguirem chegar a Espanha, vindas de Marrocos. Os três homens e a mulher foram encontrados nos tabliers e capots das viaturas pela Guardia Civil e mostravam sinais de desorientação, sede, dores nas articulações e sintomas que indicavam perturbações por privação de oxigénio.

Em junho surgiam os primeiros relatos de que a mulher do líder do Dubai, a princesa Haya bint al-Hussein, teria escapado do país para o Reino Unido após confidenciar aos mais próximos que sentia estar a correr perigo de vida. A história teria seguimento nos meses seguintes mas até agora sem nenhum desfecho concreto. Para já sabe-se apenas que o casal se encontra em tribunal a lutar pela custódia dos filhos. Outra das notícias mais lidas deste mês fala sobre um ataque homofóbico em Barcelona, no dia em que ocorria o desfile do Pride, na cidade espanhola. Um jovem homossexual foi confrontado por outro homem e alvo de insultos, no interior de um restaurante McDonald's, pela forma como se encontrava vestido. “Faço de ti um heterossexual à chapada”, foram algumas das palavras trocadas.

A segunda metade do ano

O mês de julho foi marcado pelo fim da luta de Vincent, o enfermeiro tetraplégico que ficou em estado vegetativo na sequência de um acidente rodoviário. Após 11 anos ligado às máquinas e de uma longa batalha judicial por disputas familiares, os tratamentos foram interrompidos e as máquinas desligadas. Vincent tornou-se o rosto da discussão sobre o direito a morrer, em França.

Na primeira posição do ranking das notícias mais lidas do mês de agosto ficamos a conhecer a história de um juiz norte-americano que perdoou uma multa a um idoso de 96 anos, depois de saber que este ia em excesso de velocidade porque levava o filho com cancro ao médico. Ainda no mesmo mês, imagens que mostram um avião que conseguiu amarar com sucesso no Estado norte-americano da Califórnia correram o mundo. Tanto o piloto como a amiga que seguia a bordo escaparam ilesos e foram resgatados quase de imediato pela Guarda Costeira.

As preferências dos leitores do Notícias ao Minuto recaíram, em setembro, sobre três temas: as primeiras audições ao caso do homicídio do pequeno Gabriel Cruz, em Espanha, a passagem do furacão Dorian nas Bahamas, e Greta Thunberg. No mês de setembro, a jovem ativista iniciou uma onda de atenção mediática, na ONU, que repercutiu para o resto do ano, culminando com a sua nomeação, em dezembro, como a Personalidade do Ano para a revista Time.

Outubro ficou marcado pela macabra descoberta de 39 corpos dentro de um atrelado de um camião, numa zona industrial de Essex, no Reino Unido, num caso chocante de tráfico humano. O facto de se ter encontrado outro camião com nove migrantes vivos no interior, em Kent, adensou a teoria de que se tratava de uma rede de tráfico humano, o que se veio a confirmar. A investigação ao caso levou à detenção de cinco pessoas no Reino Unido e oito pessoas no Vietname, de onde eram naturais as vítimas mortais – incluindo dez adolescentes.

A notícia mais lida de novembro chegou do México, onde nove pessoas da mesma família – incluindo seis crianças - foram massacradas numa emboscada levada a cabo por um cartel. Um ministro mexicano admitiu a possibilidade de as vítimas terem sido confundidas com um gangue rival de cartéis de droga, devido ao tipo de carros em que se deslocavam. No mesmo mês, as declarações misóginas de um filósofo francês tornaram-se assunto a nível mundial.

Dezembro, o último mês deste ano de 2019, fica marcado por uma tragédia que, com certeza, alterará as condições em que se faz atualmente o turismo de risco. Pelo menos 16 pessoas morreram, duas continuam desaparecidas e 26 estão ainda hospitalizadas, algumas em estado crítico, depois de vulcão de White Island, na Nova Zelândia, ter entrado em erupção com turistas no local. Paralelamente, no Reino Unido, o processo Brexit poderá encontrar, por fim, resolução, com a eleição do Conservador Boris Johnson, com maioria absoluta, nas legislativas antecipadas. Num tom menos sério: uma nota para a banana mais famosa do mundo e outra para o – talvez - melhor patrão do mundo.

Lista das 12 notícias mais lidas de 2019 em Mundo

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