"Violem as vossas mulheres". Palavras de filósofo francês geram polémica

Alain Finkielkraut tentava explicar que hoje em dia há uma grande tendência para o politicamente correto e já se chama violação a tudo.

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Notícias Ao Minuto
15/11/2019 09:30 ‧ 15/11/2019 por Notícias Ao Minuto

Mundo

França

O filósofo francês Alain Finkielkraut foi convidado para um programa de televisão, na quarta-feira à noite, para debater a liberdade de expressão e de opinião. Mas algumas das suas declarações deixaram França em choque.

O filósofo e a ativista feminista Caroline de Haas estavam a discutir os casos de violação e agressão sexual relatados pelos média nos últimos meses. De forma a criticar o politicamente correto, o ensaísta referiu que o "politicamente correto não é benevolente, é a extensão demente do racismo, do sexismo e da homofobia". "Antigamente havia violação, agora há a cultura da violação. A violação costumava servir para denunciar atos de penetração forçada, hoje em dia a cultura da violação inclui piadas obscenas, os engatatões, os toques e até o galanteio. Dessa forma  devem existir em França muitos potenciais violadores", atirou.

Caroline De Haas respondeu já exaltada: "Em média todos os dias 250 mulheres são violadas na França - mais de 90 mil por ano. "Existem violações na França, senhor Finkielkraut!" A ativista referiu ainda que dizer esse tipo de coisas "banaliza a realidade do que é sofrido por milhares de mulheres em França" e referiu-se ao caso de Roman Polanski, novamente acusado de violação e várias vezes defendido na imprensa por Alain Finkielkraut.

O académico perde a calma inesperadamente e começa a dizer a meio da frase da convidada: "Violar! Violar! Violar! Eu digo aos homens: violem as vossas mulheres. Eu violo a minha todas as noites e ela já está cansada".

"Não tem o direito de dizer isso! O senhor está a insultar mulheres que foram violadas", respondeu-lhe a ativista em tom exclamativo.

Durante o programa, a audiência no estúdio reagiu chocada e as redes sociais sofreram uma avalanche de comentários a repudiar as palavras de Alain Finkielkraut. Houve ainda denúncias ao Conselho Superior do Audiovisual francês.

Veja acima o vídeo do momento.

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