Uma aurora boreal foi visível esta terça-feira das ruas urbanas de São Petersburgo até à zona mais remota na Sibéria, Rússia.
As imagens invadiram as redes sociais, mostrando uma onda verde a iluminar o céu russo, e gerando admiração e curiosidade por parte dos internautas. As auroras, por norma, são vistas apenas nos polos mais a norte do mundo, só muito raramente sendo visíveis em locais tão a sul como a antiga capital da Rússia.
Pode ver imagens deste fenómeno na nossa galeria.
Segundo o The Economic Times, os cientistas atribuem o fenómeno a uma tempestade solar invulgarmente intensa, que resultou de uma explosão de vento solar e de partículas solares carregadas que atingiram a magnetosfera do nosso planeta.
O ano passado, por ocasião das auroras boreais que se avistaram em Portugal, a investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço da Universidade de Coimbra, Teresa Barata explicou ao Notícias ao Minuto que o fenómeno resulta da “interação entre a atividade solar e o nosso campo magnético", este último que "nos protege da exposição solar permanente".
É a maneira que o planeta encontrou para nos proteger da atividade sol, que conta com explosões.
️ For two consecutive nights, the sky over St. Petersburg and the Leningrad region witnessed the aurora borealis.
— RussiaNews 🇷🇺 (@mog_russEN) October 1, 2025
The skyscraper "Lakhta Center" showed how this scene looked from the height of the tower.pic.twitter.com/3F5OKBD3DN
Tempestade solar surpreendeu os cientistas
As auroras visíveis na Rússia estão contempladas nas previsões dos cientistas do ciclo solar deste ano, que se encontra atualmente no seu pico, e que conta com uma frequência e luminosidade das tempestades geomagnéticas mais elevadas por todo o globo.
Assim sendo, as partículas carregadas estimulam os átomos de oxigénio na atmosfera, o que causa as luzes verdes, e até vermelhas, que muitas vezes vemos nestes fenómenos.
Contudo, os cientistas também admitem que o momento, o tamanho e a intensidade da tempestade solar que causou este fenómeno chegou como uma surpresa, sem precedentes que sugerissem que a tempestade estivesse para breve.
Já tendo chegado, os especialistas dizem que é possível que regiões de média latitude, como o norte da Europa, dos Estados Unidos e algumas das maiores cidades da Rússia possam ver novas auroras boreais nos próximos tempos.
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