Seis militantes ecologistas condenados a até 10 anos de prisão no Irão
Seis militantes ecologistas julgados por espionagem no Irão foram condenados em primeira instância a penas de até 10 anos de prisão, indicaram hoje a agência noticiosa oficial Irna e o jornal Charq.
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Mundo Irão
Penas "de quatro a 10 anos" foram pronunciadas no julgamento de oito defensores do ambiente detidos desde o início de 2018, referiu a Irna citando o porta-voz da Autoridade Judiciária, Gholamhossein Esmaili.
O diário reformador Charq noticia, por seu turno, que seis dos oito réus foram notificados da sua pena, citando o advogado Mohammad Hossein Aghassi, que representa alguns dos processados.
Nem a agência nem o jornal precisam a data em que as penas foram pronunciadas. A Irna refere que os condenados têm 20 dias para recorrer.
Aghassi disse ao Charq que o ministério público recusou a presença nas audiências dos advogados dos réus, que são nomeados pelo tribunal.
"Niloufar Bayani e Morad Tahbaz receberam penas de 10 anos, Taher Ghadirian e Houman Jowlkar oito anos, Amir Hossein Khalégi e Sépideh Kachani seis e as penas de Sam Rajabi e Abdolréza Koupayeh ainda não foram anunciadas", declarou o advogado ao diário.
Detidos no início de 2018, os oito conservacionistas estão ligados a uma organização de defesa do ambiente, a Fundação para a Fauna Persa, e trabalhavam para salvar a chita asiática, espécie ameaçada de extinção. Foram presos, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press, por utilizarem armadilhas fotográficas para seguir o rasto dos animais, uma ferramenta comum para os especialistas em vida selvagem.
O fundador da fundação, Kavous Seyed Emami, foi detido em janeiro de 2018 e morreu na prisão no mês seguinte, com 63 anos. Segundo a versão oficial contestada pela família, o académico irano-canadiano enforcou-se.
A sua viúva, Maryam Mombeini, regressou ao Canadá em outubro após ter estado retida no Irão durante 18 meses.
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