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ONU saúda fim do estado de emergência e adia missão de investigação

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos saudou hoje o levantamento do estado de emergência no Chile e indicou que a chegada de uma missão da ONU para analisar possíveis abusos nos recentes protestos foi adiada.

ONU saúda fim do estado de emergência e adia missão de investigação
Notícias ao Minuto

16:05 - 29/10/19 por Lusa

Mundo Chile

"Toda a equipa chegará nos próximos dias, numa data ainda não especificada, mas será em breve", explicou em conferência de imprensa Rupert Colville, porta-voz do escritório.

No passado dia 25, as Nações Unidas anunciaram que um grupo de especialistas chegaria na segunda-feira a Santiago, onde permaneceria até 22 de novembro, para investigar alegadas violações de direitos humanos nos recentes protestos no Chile.

Colville salientou que "houve alguns mal-entendidos no Chile sobre a natureza da missão", no sentido de que não se trata de uma equipa que investiga possíveis violações de direitos humanos, mas sim de tipo "técnico".

No final da missão, os especialistas emitirão uma série de recomendações, depois de se reunirem com responsáveis do Governo, representantes da sociedade civil, vítimas, instituições nacionais de direitos humanos e outros envolvidos.

Colville explicou ainda que serão quatro, e não três, especialistas das Nações Unidas que vão viajar para o Chile como parte desta missão, inicialmente programada até 22 de novembro.

O assessor de imprensa acrescentou que o escritório da ONU liderado pela ex-Presidente chilena Michelle Bachelet, "está muito preocupado com a violência e os atos de destruição que ocorreram novamente no Chile ontem [segunda-feira]", em referência aos distúrbios, barricadas e incêndios ocorridos no primeiro dia sem militares na rua.

No passado domingo, o Presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinou os decretos necessários para levantar o estado de emergência imposto na sequência de uma vaga de protestos no país e retirar os militares das ruas.

Esta é a segunda missão que o escritório liderado por Bachele envia face à onda de protestos que no último mês eclodiu por diferentes causas na América Latina, uma vez que atualmente um grupo similar de três especialistas encontra-se no Equador.

Pelo menos 18 pessoas morreram na sequência das manifestações no Chile, que surgiram em protesto contra um aumento do preço dos bilhetes de metro em Santiago e se espalharam por diversas cidades do país, com barricadas, incêndios e pilhagens.

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