Ministro japonês visita polémico templo, Seul lamenta profundamente
Um ministro japonês visitou hoje, pela primeira vez em dois anos e meio, um polémico templo de Tóquio, enquanto o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, enviou uma oferta, como tem feito regularmente desde 2014.
© Reuters
Mundo Japão
O templo de Yasukuni homenageia mortos japoneses entre finais do século XIX e 1945, incluindo 14 políticos e oficiais do Exército Imperial condenados como criminosos de guerra por um tribunal internacional no final da Segunda Guerra Mundial.
As visitas das autoridades nipónicas a este santuário desencadeiam habitualmente protestos por parte de países como a China e a Coreia do Sul, que consideram estas homenagem como um vestígio do passado militarista do império japonês.
O ministro delegado para as questões territoriais das ilhas Curilas (chamadas "territórios do norte" pelo Japão, que reivindica quatro) e para a região de Okinawa (extremo sul), Seiichi Eto, visitou o santuário por ocasião do primeiro dia do festival de outono, indicou a agência de notícias japonesa Kyodo.
Aos jornalistas, o ministro porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, escusou-se a comentar a visita, que considerou de "caráter privado".
A ministra dos Assuntos Internos e Comunicações japonesa, Sanae Takaichi, tinha sido o último elemento do Governo do primeiro-ministro, Shinzo Abe, a visitar Yasukuni, em abril de 2017.
A última visita de Abe ao santuário foi em dezembro de 2013 e desde então o chefe do Governo nipónico envia oferendas regularmente, o que também fez hoje, de acordo com a cadeia pública de televisão NHK.
A Coreia do Sul reagiu de imediato e "lamentou profundamente" a decisão de Abe ou as visitas de membros do executivo japonês, ou líderes parlamentares, a um templo que "glorifica as guerras expansionistas da história do Japão", indicou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano.
O Japão só poderá contribuir para uma melhoria das relações com a Coreia do Sul e conquistar a confiança dos países vizinhos e da comunidade internacional quando os líderes responsáveis mostrarem "humilde introspeção e reflexão" sobre o passado através de ações, acrescentou.
A visita de Eto coincide com um agravamento das relações entre o Japão e a Coreia do Sul devido a recursos judiciais relacionados com exigência de compensações económicas a sul-coreanos forçados a trabalhar para companhias japoneses durante a Segunda Guerra Mundial e a aplicação de novas normas aduaneiras para os produtos sul-coreanos importados por Tóquio.
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