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Síria: ONU diz que ofensiva da Turquia já destruiu infraestruturas vitais

A ONU denunciou hoje que a ofensiva militar da Turquia no nordeste da Síria, que começou na quarta-feira, já destruiu infraestruturas vitais naquela região, como por exemplo um posto de abastecimento de água que servia 400 mil pessoas.

Síria: ONU diz que ofensiva da Turquia já destruiu infraestruturas vitais
Notícias ao Minuto

14:31 - 11/10/19 por Lusa

Mundo ONU

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) também avançou que algumas escolas foram ocupadas para uso militar.

Quase 48 horas depois do início da ofensiva turca, outras agências humanitárias e o Comité Internacional da Cruz Vermelha estão a indicar que mais de 70 mil pessoas terão fugido das zonas sob ataque, principalmente das cidades fronteiriças de Tal Abiad e Ras al-Ain, e de que a maioria terá rumado em direção a sul, entrando mais para o interior do território sírio.

Neste momento, as informações recebidas pela ONU indicam que as hostilidades não ultrapassaram o perímetro de 30 quilómetros definido pela Turquia.

Um dos objetivos da operação turca é criar uma "zona tampão" de cerca de 30 quilómetros de extensão a partir da fronteira no norte da Síria e deslocar para a região uma parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios que vivem atualmente na Turquia.

"A situação é volátil e as pessoas estão a tentar afastar-se das hostilidades, principalmente para o sul", disse o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Andrej Mahecic.

Em declarações em Genebra (Suíça), o porta-voz do ACNUR indicou que, neste momento, não existem relatos confirmados sobre eventuais movimentações de pessoas em direção à fronteira com o Iraque (leste da Síria).

"A situação muda de hora em hora e é difícil prever a direção e a importância dessas movimentações", afirmou, por sua vez, um representante do Programa Alimentar Mundial (PAM), agência da ONU que ajuda cerca de 650 mil pessoas por mês na região afetada pela ofensiva turca, área que está sob o controlo das autoridades e das forças curdas.

Segundo as informações disponíveis neste momento, muitos deslocados estão a rumar para a província vizinha de Al Raqa, onde as autoridades locais estão a preparar instalações provisórias para receber estas pessoas e onde o fornecimento de alimentos será garantido pelas Nações Unidas.

A Cruz Vermelha Internacional lembrou, no entanto, que o caminho até Al Raqa é perigoso por causa dos explosivos que foram utilizados pelas forças curdas na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e que ainda estão por detonar.

A Turquia lançou na quarta-feira uma operação militar, que inclui alguns rebeldes sírios, contra a milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG), grupo que considera terrorista, mas que é apoiado pelos ocidentais para combater os 'jihadistas' do EI.

A ofensiva de Ancara abre uma nova frente na guerra da Síria que já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados desde que foi desencadeada em 2011.

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