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Partidos enfrentam dificuldades para formar um novo governo em Israel

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu principal rival, o dirigente centrista Benny Gantz, estão empatados de acordo com os resultados quase finais divulgados hoje nos media israelitas.

Partidos enfrentam dificuldades para formar um novo governo em Israel
Notícias ao Minuto

13:27 - 18/09/19 por Lusa

Mundo Israel

No entanto, nenhum conseguirá formar governo sozinho ou com os seus aliados naturais de acordo com as regras de Israel.

A agência France-Presse indica cenários possíveis para um novo governo.

Resultados das urnas

Contados 92% dos votos, o Likud (direita), dirigido por Netanyahu, e a coligação centrista Azul e Branco, de Gantz, estão lado a lado, com 32 deputados casa entre os 120 do Knesset (parlamento).

Nenhum consegue a maioria absoluta (61 deputados) com os seus aliados naturais.

Cada um deverá dar a conhecer em breve ao presidente israelita, Reuven Rivlin, as suas recomendações para a formação de um executivo. O chefe de Estado designará então um deles para tentar formar uma coligação governamental.

Bloqueios no lado de Netanyahu

'Bibi', como também é conhecido, deveria aliar-se naturalmente com os partidos religiosos que poderão contar com nove (Shas, representante dos judeus ortodoxos sefarditas) e oito lugares (Judaísmo Unificado da Torah, formação ortodoxa asquenaze).

A estes juntar-se-iam os sete deputados do Yamina (aliança entre a direita e os sionistas religiosos criada para estas eleições). No total são 56 deputados, abaixo do necessário para Netanyahu se manter como primeiro-ministro.

Resta Avigdor Lieberman, o ex-ministro da Defesa que dirige o Israel Beiteinu (direita nacionalista secular), creditado com nove lugares.

Anterior aliado de Netanyahu, Lieberman recusou juntar-se a ele após as legislativas de abril, impedindo a formação de um governo, o que conduziu ao atual escrutínio.

Bloqueios no lado de Gantz

A formação Azul e Branco poderá aliar-se com os partidos de esquerda: cinco lugares da União Democrática (aliança entre o Meretz, o novo Partido Democrático de Israel do antigo primeiro-ministro Ehud Barak e o Movimento Verde) e seis do Partido Trabalhista.

A estes poderia eventualmente juntar-se a Lista Árabe Unida (coligação de quatro partidos árabes israelitas), creditada com 12 deputados, a terceira força do parlamento.

A Lista indicou que não apoiará uma coligação dirigida por Netanyahu, mas ainda não se exprimiu tão claramente acerca de uma aliança com Gantz.

Os partidos árabes nunca participaram num governo israelita, mas já apoiaram uma coligação, na altura dos acordos de paz israelo-palestinianos de Oslo, no início dos anos 1990.

Ainda que conseguisse o apoio da Lista Unida, Gantz não reuniria mais de 55 deputados, pelo que teria igualmente de recorrer a Lieberman, mas juntar-se a partidos árabes e de esquerda parece algo impossível para o Israel Beiteinu.

Um governo de união nacional

Avigdor Lieberman disse que apenas se juntará a uma coligação de união nacional.

"Só há uma opção para nós e é a formação de um amplo governo de união nacional e liberal com o Israel Beiteinu, o partido Azul e Branco e o Likud", precisou.

E quem ficaria à frente de um tal governo? Benny Gantz afirmou durante a campanha que não se sentaria ao lado de Benjamin Netanyahu, embora não afastasse a ideia de um executivo de união.

Hoje o líder do Azul e Branco explicou: "Vamos aguardar os resultados definitivos (...) Vamos esperar um dia, dois, e desejar que Israel tenha um bom governo de união".

Uma terceira eleição

Após as eleições de terça-feira Israel encontra-se numa situação muito semelhante à de abril, que conduziu a estas segundas legislativas em menos de seis meses.

Netanyahu poderá ser tentado a recorrer a um novo escrutínio para encontrar uma maioria que lhe seja favorável, mas o presidente Rivlin sublinhou a necessidade de formar um governo "o mais rapidamente possível" e o imperativo "de evitar uma terceira eleição".

Para o prevenir, o responsável que designar terá 28 dias para apresentar um governo.

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