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Cuba condena novas sanções norte-americanas e reforço do embargo

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, condenou hoje as novas sanções norte-americanas anunciadas na sexta-feira pelo governo norte-americano, destinadas a privar Cuba de divisas estrangeiras, denunciando um endurecimento do embargo contra o país, em vigor desde 1962.

Cuba condena novas sanções norte-americanas e reforço do embargo
Notícias ao Minuto

22:57 - 07/09/19 por Lusa

Mundo Miguel Díaz-Canel

"Novas sanções dos Estados Unidos contra Cuba. As mentiras, as calúnias e a hipocrisia do governo americano para reforçar o embargo. Devido ao seu falhanço na Venezuela, lançam-se sobre Cuba", escreveu Díaz-Canel numa mensagem no Twitter.

Na mesma rede social, o chefe da diplomacia cubana, Bruno Rodríguez Parrilla, sublinhou que estas sanções complementam as medidas anunciadas em abril por Washington e destinam-se a "endurecer o embargo e reforçar o cerco económico em torno de Cuba".

Entre as medidas anunciadas na sexta-feira, inclui-se designadamente a limitação do envio de dinheiro a partir dos Estados Unidos a 1.000 dólares (906 euros) por trimestre e por pessoa.

De acordo com um comunicado do Tesouro (ministério das Finanças dos EUA), apenas são excluídas das sanções os envios de dinheiro destinado a "apoiar a atividade económica não-estatal".

Na sexta-feira, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, reconheceu que os Estados Unidos pretendem "privar Cuba do acesso às divisas estrangeiras".

As relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, restabelecidas em 2015 após cinco décadas de rutura, registam um novo período de tensão desde a chegada à Casa Branca de Donald Trump, que tem multiplicado as sanções contra a ilha.

Em maio, os EUA reforçaram o seu embargo ao aplicarem designadamente o Capítulo III da lei Helms-Burton, que permite ações judiciais em tribunais norte-americanos contra empresas estrangeiras.

Adotada pelos Estados Unidos em 1996 durante a presidência de Bill Clinton permite teoricamente que cidadãos norte-americanos, e exilados cubanos, movam ações judiciais nos tribunais federais dos Estados Unidos contra as empresas estrangeiras que supostamente estão a beneficiar de propriedades que lhes pertenciam, e que foram nacionalizadas em Cuba após a revolução de 1959.

Esta lei foi sistematicamente suspensa desde a sua adoção pelos presidentes norte-americanos, incluindo por Bill Clinton, para não suscetibilizar os aliados internacionais dos Estados Unidos.

Numa reação ao anúncio desta lei, a União Europeia (UE) e o Canadá decidiram unir esforços para proteger as suas empresas presentes em Cuba e consideraram "lamentável" a decisão de Washington.

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