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Morreu aos 95 anos o primeiro Presidente da Gâmbia

O primeiro Presidente da Gâmbia independente, Dawda Kairaba Jawara, morreu hoje, aos 95 anos, na sua residência no bairro de Fajara, a cerca de 14 quilómetros da capital do país, Banjul, confirmaram fontes familiares.

Morreu aos 95 anos o primeiro Presidente da Gâmbia
Notícias ao Minuto

19:58 - 27/08/19 por Lusa

Mundo Dawda Jawara

O atual Chefe de Estado deste pequeno país da África Ocidental, Adama Barrow, já disse na sua conta oficial do Facebook que esta é "uma grande perda para o país, em particular, e para a humanidade, em geral" e enviou as suas condolências a todos os gambianos.

A porta voz da Presidência, Amie Bojang Sissoho, também informou da morte do ex-Presidente, que considerou como "um líder carismático", que conduziu o seu país à independência.

Dawda Jawara foi primeiro-ministro da Gâmbia entre 1963 e 1970, e durante a sua liderança desta ex-colónia britânica conseguiu, de forma gradual, a sua independência, que acabou por ser proclamada a 18 de fevereiro de 1965, apesar de Isabel II se ter mantido como chefe de Estado e rainha da Gâmbia nos anos seguintes.

Já em 1970 e à frente da República da Gâmbia, Jawara foi eleito Presidente, prosseguindo um mandato sem sobressaltos até à violenta intentona golpista de julho de 1981, da qual saiu vitorioso com o apoio dos efetivos militares senegaleses.

Mas, na sequência de atos violentos que se seguiram a esta tentativa de golpe, morreram entre 400 e 800 pessoas, segundo os números oficiais, o que revela o crescente descontentamento social perante a deterioração da situação económica do país.

Num outro golpe de Estado, em 1994, desta vez sem derramamento de sangue, Jawara foi derrubado pelo militar Yahyah Jammeh, que governou a Gâmbia de uma forma repressiva durante 22 anos.

Dawda Jawara exilou-se então no Reino Unido até regressar ao seu pequeno país natal em 2002, depois de Jammeh lhe conceder uma amnistia.

Yahyah Jammeh foi obrigado a abandonar o poder, após a sua derrota nas urnas em dezembro de 2016, permanecendo exilado na Guiné Equatorial, apesar de no seu país as vítimas do seu autocrático regime continuarem a testemunhar os crimes cometidos sob o seu mandato na Comissão da Verdade, Reconciliação e Reparação (TRRC).

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