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Tribunal russo prolonga detenção de suspeito de espionagem para os EUA

Um tribunal russo prorrogou hoje por dois meses a detenção do cidadão norte-americano Paul Whelan, detido por alegada espionagem em favor dos Estados Unidos, anunciou fonte judicial em Moscovo.

Tribunal russo prolonga detenção de suspeito de espionagem para os EUA
Notícias ao Minuto

16:23 - 23/08/19 por Lusa

Mundo Espionagem

Whelan, que declarou hoje no tribunal que tinha sido agredido por guardas prisionais, sentiu-se mal na sessão e os paramédicos que o assistiram disseram que não era necessária hospitalização.

A embaixada dos Estados Unidos em Moscovo denunciou no mês passado que a saúde de Whelan tinha piorado durante a detenção.

Paul Whelan foi detido num quarto de hotel da capital russa no passado dia 28 de dezembro de 2018 e acusado de espionagem, incorrendo numa pena de 20 anos de cadeia.

O cidadão norte-americano, de 48 anos, estava na posse de uma unidade de armazenamento digital contendo "segredos de Estado" russos.

Na ocasião, o seu advogado, Vladimir Zherebenkov, alegou que o seu cliente desconhecia que a referida unidade de armazenamento digital continha informação sensível.

O advogado explicou que Whelan era um visitante frequente da Rússia e que pediu a uma pessoa cujo nome não foi revelado para lhe enviar por correio eletrónico informação sobre viagens pelo país.

Alegadamente, Whelan não conseguiu descarregar a informação e pediu então à pessoa para a pôr numa unidade de armazenamento digital.

"Ele estava à espera de ver na 'pen' algumas informações pessoais como fotografias ou vídeos, qualquer coisa desse género, sobre as anteriores viagens dessa pessoa pela Rússia", disse Zherebenkov à imprensa.

"Não sabemos como é que os ficheiros com segredos de Estado foram ali parar", comentou, acrescentando que o norte-americano foi detido antes de poder abrir os ficheiros e que não se sabe o que aconteceu à pessoa que presumivelmente deu a 'pen' a Whelan.

O cidadão norte-americano, que tem igualmente as nacionalidades canadiana, britânica e irlandesa, foi expulso dos fuzileiros navais por má conduta, trabalha como diretor de segurança internacional de uma empresa norte-americana de componentes automóveis e vive no Estado do Michigan.

A sua família declarou que ele estava em Moscovo para ir a um casamento.

A detenção de Paul Whelan, um antigo fuzileiro naval, originou especulação de que poderia ser trocado por um dos russos detidos nos Estados Unidos, como a ativista pelo direito às armas Maria Butina, que se declarou culpada de espionagem para Moscovo.

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