Tensão na Caxemira indiana com reforço militar e retirada de turistas
A tensão na fronteira indo-paquistanesa, na disputada região de Caxemira, aumentou nos últimos dias com o reforço de militares indianos e a saída forçada, por ordens de Nova Deli, da quase totalidade dos turistas justificada com alegadas ameaças terroristas.
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Mundo Conflito
O secretário-geral da Sociedade de Agentes de Viagem da Caxemira, Athar Yamin, citado pela agência EFE, afirmou que 99% dos "21.000 turistas e cerca de 8.000 peregrinos" que se encontravam na região abandonaram Caxemira, restando apenas "entre 200 e 250 turistas que viajam em áreas remotas".
Yamin confirmou ainda que "todos os hotéis em Srinagar estão vazios, assim como as casas flutuantes no famoso lago Dal" na cidade, a capital de verão de uma região muito procurada durante esta época por turistas que procuram temperaturas amenas.
A situação, sem precedentes em Caxemira, ocorreu depois de as autoridades indianas terem pedido, na sexta-feira, a suspensão de uma famosa peregrinação hindu a uma caverna no Himalaia (na zona de maioria muçulmana) e determinado a evacuação retirada de todos os turistas após "relatos de ameaças terroristas".
A Caxemira indiana, uma das áreas mais militarizadas do mundo e disputada pela Índia e pelo Paquistão, registou também um aumento incomum de forças de segurança.
"O aumento das forças de segurança e os anúncios do governo indicam claramente que Nova Deli se está a mobilizar para algo em grande na Caxemira", defendeu, em declarações à EFE, um membro da Ordem dos Advogados da região, que pediu anonimato.
A ordem das autoridades indianas ocorreu após um oficial, tenente-coronel K.J. Dhillon, ter divulgado a descoberta de uma arma e munições de um atirador furtivo, encontrados numa rota para a caverna do santuário de adoração ao Deus Shiva, em Amarnath, 3.880 metros acima do nível do mar.
A peregrinação, que terminaria em meados deste mês, começou no dia 01 de julho rodeada de um forte dispositivo de segurança com mais de 10 mil soldados.
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