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Contestado, presidente da câmara baixa do parlamento argelino demitiu-se

O presidente da Assembleia Popular Nacional (APN), Moad Bouchareb, um dos alvos da contestação de que a Argélia é palco desde fevereiro, demitiu-se hoje, indicou um responsável parlamentar.

Contestado, presidente da câmara baixa do parlamento argelino demitiu-se
Notícias ao Minuto

15:26 - 02/07/19 por Lusa

Mundo Argélia

"Moad Bouchareb demitiu-se esta manhã do seu cargo de presidente da câmara baixa" do Parlamento, disse à agência France Presse Abdelhamid Si Affif, presidente da comissão de Negócios Estrangeiros.

"O gabinete da APN reuniu-se e declarou o cargo vago", adiantou Affif, referindo que a comissão jurídica da assembleia deve agora elaborar um relatório que apresentará em sessão plenária para que seja ratificado, tudo "no prazo de 15 dias".

Não foram divulgados motivos para a demissão.

Embora ocupasse uma função menos exposta, Bouchareb integra o grupo dos "4B", juntamente com o Presidente interino Abdelkader Bensalah, o primeiro-ministro Noureddine Bedoui e o ex-presidente do Conselho Constitucional Tayeb Belaiz, cuja saída tem sido exigida pelos manifestantes após a demissão a 2 de abril, sob pressão da rua e das forças armadas, do chefe de Estado Abdelaziz Bouteflika.

Antigo líder do grupo parlamentar da Frente de Libertação Nacional (FLN, no poder), Moad Bouchareb, 47 anos, tinha sido eleito no final de outubro de 2018 após um golpe de força contra o seu predecessor Said Bouhadja, também da FLN.

Após a sua demissão, foi cancelada a sessão de parlamentar da câmara baixa prevista para hoje, constatou um jornalista da AFP.

A situação continua a ser de tensão na Argélia, onde as manifestações pela mudança do sistema no poder não têm abrandado.

As presidenciais previstas para 4 de julho para escolher o sucessor de Bouteflika foram anuladas 'sine die' devido à falta de candidatos e, de acordo com a Constituição, o período provisório de Bensalah no cargo de chefe de Estado termina a 9 de julho.

Centenas de estudantes e professores manifestaram-se novamente hoje, pela 19.ª semana consecutiva, contra o regime, exigindo em particular a libertação dos "presos políticos".

Numerosos 'slogans' visaram mais uma vez o general Ahmed Gaid Salah, que se tornou de facto o homem forte do país e que recusa as reivindicações do movimento de contestação.

A principal é o estabelecimento de órgãos de transição livres dos fiéis de Bouteflika, que seriam encarregados de reformar o país antes da realização da eleição presidencial.

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