Irão não deve "subestimar determinação" dos EUA, avisa Reino Unido
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, alertou hoje o Irão para não "subestimar a determinação dos Estados Unidos", num contexto de tensão no Golfo Pérsico.
© Reuters
Mundo Golfo Pérsico
Falando aos jornalistas em Genebra, Hunt disse que os dirigentes norte-americanos "não procuram um conflito, não querem uma guerra com o Irão, mas se os interesses norte-americanos forem atacados, eles retaliarão".
"Isto é algo que os iranianos precisam de pensar com muito, muito cuidado", adiantou.
Hunt adiantou que o Reino Unido teve várias discussões com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acerca do Irão, adiantando esperar que Teerão se "afaste das atividades desestabilizadoras" que realiza na região.
Reconhecendo o perigo que as tensões representam para o Médio Oriente, Hunt afirmou: "Queremos que haja uma diminuição da tensão, porque esta é uma parte do mundo onde as coisas podem acontecer acidentalmente".
A tensão entre Washington e Teerão registou uma escalada nas últimas semanas, depois de os Estados Unidos anunciarem um reforço da sua presença militar no Médio Oriente para enfrentar presumíveis "ameaças" iranianas.
Na última semana, a tensão aumentou após a sabotagem de quatro petroleiros num porto dos Emirados Árabes Unidos e de um ataque com 'drones' a um oleoduto saudita, reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão.
Embora indicando não querer uma guerra, dirigentes iranianos e norte-americanos têm trocado declarações belicosas.
"Se o Irão quiser lutar, esse será o fim oficial do Irão. Nunca mais ameacem os Estados Unidos!", escreveu o presidente norte-americano, Donald Trump, na rede social Twitter no domingo.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, respondeu que "o sarcasmo genocida" de Trump não acabará com o Irão.
"#NuncaMaisAmeaçarUmIraniano. Tente o respeito -- funciona", escreveu Zarif na mesma rede social.
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