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Advogado de Assange supreendido pela rabertura do caso na Suécia

O advogado sueco de Julian Assange, Per E. Samuelsen, demonstrou "grande surpresa" pela reabertura do caso de violação contra o fundador da rede WikiLeaks anunciado hoje pela Procuradoria da Suécia.

Advogado de Assange supreendido pela rabertura do caso na Suécia
Notícias ao Minuto

12:05 - 13/05/19 por Lusa

Mundo Violação

O advogado disse à estação SVT, da Suécia, estar surpreendido e acrescentou que não "compreende" a Procuradoria que pretende, afirmou, "reabrir um caso com 10 anos".

Assange é acusado de violação e o caso prescreve em 2020.

"Decidi hoje reabrir o processo", anunciou Eva-Marie Persson, procuradora-adjunta sueca, durante uma conferência de imprensa em Estocolmo.

"Assange foi preso na Grã-Bretanha, estão reunidas as condições para pedir a transferência (de Julian Assange) sob o mandado de captura europeu, o que não se verificava antes do dia 11 de abril", data da captura do fundador do WikiLeaks, acrescentou Persson.

Assange foi preso no mês passado pela polícia britânica na embaixada do Equador em Londres, onde se encontrava refugiado desde 2012.

Por outro lado, o chefe de redação da rede WikiLeaks, Krinstinn Hranfsson, disse hoje através de um comunicado que o anúncio da Procuradoria sueca oferece uma oportunidade para Assange "se desculpar".

Hranfsson acrescenta no mesmo comunicado que Julian Assange "nunca quis fugir à justiça sueca" e que exerceu "uma pressão política considerável para reabrir o caso" após ter sido preso na capital britânica.

O anúncio da Procuradoria de Estocolmo relança o complicado caso judicial que se prolonga há uma década, período em que Assange não parou de afirmar que se trata de uma "manobra" destinada a conseguir a extradição para os Estados Unidos onde pode vir a ser julgado pelo roubo de documentos secretos norte-americanos, nomeadamente sobre a guerra do Iraque.

Para evitar a extradição para os Estados Unidos, Julian Assange refugiou-se em 2012 na embaixada do Equador no Reino Unido.

Nessa circunstância, a justiça sueca chegou a desistir, em 2017, do processo sobre a suposta violação, mas a situação acabou por alterar-se com a detenção de Assange pelas autoridades britânicas.

Julian Assange, 46 anos, foi acusado por uma cidadã sueca de ter forçado uma relação sexual "não consentida e sem preservativo".

O fundador da rede WikiLeaks já disse várias vezes que se tratou de "sexo consentido" e que a mulher permitiu Assange a não usar preservativo.

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