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Cuba volta a negar presença de militares seus na Venezuela

O Governo de Cuba reiterou hoje que não mantém efetivos militares e de segurança na Venezuela, embora considere que a colaboração no setor da Defesa é um "direito soberano de dois países independentes".

Cuba volta a negar presença de militares seus na Venezuela
Notícias ao Minuto

17:41 - 18/04/19 por Lusa

Mundo Defesa

Numa extensa declaração oficial, na qual condena as novas medidas de pressão anunciadas pela Casa Branca, nomeadamente a ativação do capítulo III da lei Helms-Burton, bem como novas restrições no mercado e viagens, Havana refuta as acusações de Washington sobre a sua responsabilidade na situação Venezuelana.

Segundo Cuba, os Estados Unidos "mentem descaradamente ao alegar que Cuba mantém na Venezuela milhares de forças militares e de segurança, influenciando e determinando o que ocorre nesse país", principal aliado da ilha caribenha.

No texto, publicado nas primeiras páginas dos principais jornais diários, o Governo cubano acusou a administração norte-americana de aplicar sanções que visam "asfixiar economicamente" a Venezuela e "provocar sofrimento na população".

"Washington chegou ao ponto de pressionar governos de países terceiros para que tentem persuadir Cuba a retirar esse suposto e implausível apoio militar e de segurança, e até a parar de prestar apoio e solidariedade à Venezuela", refere-se no documento.

Segundo o Governo de Miguel Díaz-Canel, os serviços de inteligência norte-americanos têm "provas mais que suficientes, seguramente mais do que qualquer outro Estado, para reconhecer que Cuba não possui tropas nem participa em operações militares nem de segurança na Venezuela".

"É um direito soberano de dois países independentes determinar como cooperar no setor da defesa, o que não compete aos Estados Unidos", salientou o executivo, acrescentando que os cerca de 20 mil colaboradores cubanos na Venezuela apenas prestam "serviços sociais básicos".

"Nenhuma ameaça de represálias contra Cuba, nenhum ultimato nem chantagem do atual Governo norte-americano irá desviar a conduta internacional da nação cubana", garante a declaração.

Cuba reafirmou ainda a sua "firme determinação" em enfrentar a nova "escalada agressiva" de Washington, na sequência das novas sanções da administração do Presidente Donald Trump contra a ilha.

O Governo norte-americano anunciou na quarta-feira que, a partir do próximo dia 02 de maio, irá ativar pela primeira vez em mais de 20 anos os capítulos III e IV da lei Helms-Burton, aprovada em 1996, e cujas cedências estavam desde então congeladas, para benefício dos seus aliados europeus.

A reativação do III capítulo provocou uma grande polémica internacional, pois permite reclamar propriedades expropriadas após a Revolução de 1959, o que abre portas a vários de processos judiciais contra empresas estrangeiras na ilha.

Já o capítulo IV impede a entrada na ilha de diretores e familiares das empresas que investem em propriedades nacionalizadas por Cuba.

De acordo com o Governo cubano, estas medidas visam "impor a tutela colonial" sobre a ilha.

"O Governo Revolucionário repudia também a decisão de voltar a limitar as remessas que residentes cubanos nos Estados Unidos enviam aos seus familiares, de restringir ainda mais as viagens dos cidadãos norte-americanos a Cuba e de aplicar sanções financeiras adicionais", lê-se no texto.

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