Estados Unidos sancionam banco russo por ajudar Maduro
Os Estados Unidos da América aprovaram hoje sanções contra o banco russo Evrofinance Mosnarbank, concretizando a ameaça de punir empresas estrangeiras acusadas de apoiar o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
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Mundo Venezuela
"Este ato demonstra que os Estados Unidos vão tomar ações contra instituições financeiras estrangeiras que apoiam o regime ilegítimo de Maduro e contribuem para o colapso económico e a crise humanitária [da Venezuela]", disse o secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.
O banco de Moscovo, propriedade de grupos públicos russos e venezuelanos, tem sido questionado pelas trocas feitas com a sociedade petrolífera do Estado venezuelano PDVSA, que está listada na lista negra norte-americana desde janeiro.
Com as sanções aplicadas hoje, os bens do Evrofinance Monsnarbank nos Estados Unidos ou na posse de norte-americanos estão congelados e cidadãos americanos estão proibidos de fazerem trocas com o mesmo.
Desde janeiro, mais de 50 países reconhecerem o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela, procurando afastar Nicolás Maduro do poder. Outros países, como a Rússia e a China, mantêm o apoio ao líder socialista e acusam os americanos de interferência e ingerência no país.
A administração de Donald Trump anunciou um novo pacote de sanções económicas, incluindo contra a PDVSA. A Casa Branca disse, no final da semana passada, que iria estender essas sanções a instituições financeiras "envolvidas em ajudar as transações ilegais que beneficiam Nicolás Maduro e a sua rede corrupta".
"Nicolás Maduro está cada vez mais isolado e tem precisado desesperadamente da ajuda da Rússia", acrescentou Steve Mnuchin, que complementou dizendo que o banco visado "continuou a manter uma relação significativa com o regime ilegítimo".
A crise política na Venezuela agravou-se desde que a 23 de janeiro o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já mais de 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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