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FAO prevê dois milhões em insegurança alimentar severa em Moçambique

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estimou hoje que dois milhões de moçambicanos venham a sofrer de insegurança alimentar severa no país, até final de março, um agravamento em relação ao último ano.

FAO prevê dois milhões em insegurança alimentar severa em Moçambique
Notícias ao Minuto

18:17 - 19/02/19 por Lusa

Mundo Fome

A província de Gaza, sul de Moçambique, está a ser a mais afetada, à semelhança de anos anteriores, segundo as previsões hoje divulgadas.

No mesmo documento, a FAO estima necessitar de 9,7 milhões de euros para a resposta humanitária a Moçambique.

Apesar de a precipitação acumulada ter registado uma melhoria durante a temporada 2017/18, aquele período ficou também marcado "por uma seca prolongada, assim como chuvas fortes", descreve a organização.

O resultado são "rendimentos agrícolas abaixo da média, particularmente no sul e partes da região central, onde se estima que 815.000 pessoas estejam em situação de insegurança alimentar severa", ou seja, dificilmente têm o que comer todos os dias.

O mesmo valor foi divulgado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) durante a última semana, representando mais 500 mil do que as apoiadas há um ano pelo PAM.

O documento da FAO estima hoje que, nos próximos 40 a 50 dias, o número de pessoas com dificuldade em ter alimentos possa chegar a dois milhões.

A praga da lagarta do funil do milho "também afetou significativamente a produção agrícola" e há 90% de probabilidade de Moçambique sofrer com o fenómeno meteorológico El Niño, o que "representa um alto risco para a colheita 2018/19, particularmente em áreas já afetadas pela seca".

"Devido a colheitas falhadas, os agregados familiares nestas áreas serão forçados a plantar várias vezes, esgotando as sementes armazenadas", conclui.

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