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Autoridade dos EUA processada após deter mulheres por falarem espanhol

Um agente da patrulha fronteiriça admitiu ter detido Ana Suda e Martha Hernandez por estarem a falar espanhol num supermercado.

Autoridade dos EUA processada após deter mulheres por falarem espanhol
Notícias ao Minuto

17:15 - 17/02/19 por Fábio Nunes

Mundo Montana

Ana Suda e Martha Hernandez estão a processar a agência da patrulha fronteiriça dos Estados Unidos depois de terem sido detidas em maio do ano passado num supermercado do Montana por estarem a falar espanhol. De acordo com a BBC, é a American Civil Liberties Union que está a avançar com o processo em nome das duas mulheres, ambas cidadãs norte-americanas.

“Falar espanhol não é contra a lei”, frisa o advogada da ACLU, Cody Wofsy, que realça que o comportamento do agente da patrulha fronteiriça que deteve Ana Suda e Martha Hernandez “reflete uma agência fora de controlo que é incentivada por uma administração anti-imigração”.

O processo pretende que a patrulha fronteiriça dos Estados Unidos não volte a deter alguém simplesmente por estarem a falar espanhol ou devido à sua pronúncia. O processo também visa obter uma indemnização para as duas mulheres.

Ana Suda e Martha Hernandez estavam a falar espanhol no supermercado. Um dos funcionários da caixa do supermercado avisou-as para não falarem espanhol, algo que Ana e Martha não compreenderam. “Eu disse-lhe ‘Não há problema de falarmos espanhol’”, recorda Martha Hernandez.

No entanto, foram abordadas de seguida por um agente da patrulha fronteiriça que as deteve. Pediu-lhes a identificação e interrogou-as durante 40 minutos. Ao perceber que eram cidadãs norte-americanas, o agente libertou-as.

Ana Suda filmou a conversa que teve com o agente Paul O’Neal que negou que a detenção tivesse uma motivação racial mas admitiu que só as deteve por estarem a falar espanhol, uma língua “que não é comum aqui”.

O vídeo tornou-se viral e levou a uma reação da patrulha fronteiriça que disse estar “comprometida em tratar todas as pessoas com profissionalismo, dignidade e respeito”.

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