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Maduro classifica governo de Trump como “gang de extremistas”

O presidente venezuelano culpou os Estados Unidos pela crise do país.

Maduro classifica governo de Trump como “gang de extremistas”
Notícias ao Minuto

16:55 - 12/02/19 por Sara Gouveia

Mundo Venezuela

No momento em que o presidente da Venezuela enfrenta pressão interna e externa para convocar eleições presidenciais antecipadas, após Juan Guaidó ter sido reconhecido como presidente interino do país até que decorram novas eleições, no meio de uma crise económica, de acusações de corrupção e violações dos direitos humanos, Nicolás Maduro deu uma entrevista à BBC onde relaciona tudo com os Estados Unidos.

Maduro começou por explicar que não permitiu a entrada de ajuda humanitária no país porque esta é uma forma dos Estados Unidos arranjarem justificação para intervirem. “Eles estão a armar-se para tomar conta da Venezuela", disse.

"Isto faz parte de uma charada. É por isso, com toda a dignidade, que lhes dizemos que não queremos as migalhas, a comida tóxica e os restos", continuou.

As relações entre os EUA e a Venezuela já estavam tensas antes de a administração de Trump ter sido uma das primeiras a apoiar Guaidó como líder interino. Depois de a Venezuela ter decidido cortar relações diplomáticas com os norte-americanos, o presidente dos Estados Unidos ainda deixou claro que o uso da força militar continuava a ser "uma opção".

Maduro garantiu esperar que o "grupo extremista na Casa Branca seja derrotado pela poderosa opinião pública mundial". Em Caracas, deu conta à jornalista que tudo se tratava "de uma guerra política do império dos Estados Unidos, dos interesses da extrema-direita que hoje governa, do Ku Klux Klan que domina a  Casa Branca para dominar a Venezuela".

"Acho que o setor extremista dos supremacistas brancos do Ku Klux Klan lideram os Estados Unidos. Acho que é um gang de extremistas", continuou. Questionado sobre se acreditava mesmo que Trump era um "supremacista branco", respondeu que "é, publica e abertamente e tem estimulado as tendências fascistas". "Odeiam-nos, subestimam-nos porque só acreditam nos seus interesses e nos interesses dos Estados Unidos.

No poder, desde 2013, foi reeleito para um segundo mandato o ano passado, mas as eleições estiveram envolvidas em controvérsia, pois muitos dos candidatos da oposição estavam impedidos de concorrer ou presos, tendo havido ainda alegações de manipulação de votos. 

Depois de Guaidó se ter autoproclamado presidente interino com a exigência de que sejam convocadas novas eleições, Maduro referiu não perceber porque é que seriam necessárias eleições antecipadas. "Qual é a lógica, razoabílidade, de repetir uma eleição?", questionou de volta. "Cerca de 10" governos apoiaram Guaidó, disse, mas de facto foram mais de 30 os que anunciaram o seu apoio ao líder da oposição, justificando o apoio com estarem a tentar "impor um governo que ninguém elegeu". 

"Os extremistas da Casa Branca assumiram a responsabilidade de fazerem um golpe de estado na Venezuela", garantiu.

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