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UE saúda acordo que ratifica nome da Macedónia do Norte

A Comissão e a União Europeia (UE) saudaram hoje e destacaram a "coragem política" do parlamento grego que pôs fim ao veto da Grécia sobre a adesão da Macedónia à NATO e ratifica o nome da Macedónia do Norte.

UE saúda acordo que ratifica nome da Macedónia do Norte
Notícias ao Minuto

14:42 - 25/01/19 por Lusa

Mundo Mogherini

"Saudamos calorosamente o próximo passo crucial na ratificação do acordo de Prespes, tomado com a votação de hoje no parlamento grego", indicam num comunicado conjunto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o comissário para a Política Regional, Johannes Hahn, e a Alta Representante da UE para Política Externa, Federica Mogherini.

Reagindo à ratificação pelos deputados gregos do Acordo de Prespes, que possibilita o fim do veto da Grécia sobre a adesão da vizinha Macedónia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) caso o pequeno balcânico altere o nome para República da Macedónia do Norte, os responsáveis notam que, desde o início, "a União Europeia apoiou fortemente o acordo histórico assinado pelos primeiros-ministros Tsipras e Zaev", respetivamente da Grécia e da Macedónia.

"Foi preciso coragem política, liderança e responsabilidade de todos os lados para resolver uma das disputas mais enraizadas na região", apontam, observando que "ambos os países aproveitaram esta oportunidade única que constitui um exemplo de reconciliação para a Europa [...] e dá um novo impulso à perspetiva europeia da região", argumentam.

E adiantam: "Enquanto aguardamos com expectativa os próximos passos processuais para a plena implementação do acordo, podemos afirmar, com confiança, que Atenas e Skopje escreveram em conjunto uma nova página do nosso futuro conjunto da UE".

O acordo, previamente assinado por Atenas e Skopje em junho, enfrentou uma forte oposição e já custou ao primeiro-ministro Alexis Tsipras a sua maioria parlamentar. No entanto, Tsipras garantiu hoje o apoio de 153 dos 300 deputados do parlamento, incluindo os 145 eleitos pelo partido de esquerda Syriza, no poder desde 2015.

Os restantes oito votos foram provenientes de deputados independentes, do centro ou de dissidentes das fileiras do ex-parceiro Os restantes oito votos foram provenientes de deputados independentes, do centro ou de dissidentes das fileiras do ex-parceiro governamental, os Gregos Independentes (Anel) de Panos Kammenos, que rompeu a coligação em 13 de janeiro a abandonou o cargo de ministro da Defesa por descordar do Acordo de Prespes.

O voto de ratificação surgiu após três dias de intensos debates sobre o acordo, destinado a terminar com quase três décadas de um contencioso que impediu a ex-república jugoslava, independente desde 1991, de aderir à NATO e à União Europeia.

Anteriores governos gregos e amplos setores da sociedade argumentaram que a utilização deste nome implicava reivindicações territoriais sobre a sua província do norte com o mesmo nome, e uma usurpação da cultura e da história da antiga Grécia.

O parlamento macedónio tinha já ratificado o acordo sobre a mudança do nome em 11 de janeiro.

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