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Mulher que levou tio morto ao banco dá entrevista. "Não sou um monstro"

Erika garante que não percebeu que Paulo tinha morrido e que foi ele quem pediu para ir à agência bancária.

Mulher que levou tio morto ao banco dá entrevista. "Não sou um monstro"
Notícias ao Minuto

10:15 - 06/05/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, que se tornou famosa depois de ter levado o tio morto a um banco, no Brasil, para levantar um empréstimo de 17 mil reais, cerca de 3.100 euros, falou pela primeira vez depois de ser libertada da prisão, onde esteve em preventiva, durante 16 dias.

Ao site G1, a mulher brasileira começou por revelar, numa entrevista feita a partir do escritório da advogada, que a sua relação com o tio Paulo era "ótima". "Ele era independente, fazia o que queria. Tinha uma mente boa. Não andava de cadeira de rodas e eu não era a cuidadora dele", revelou à publicação brasileira.

Ao ser questionada sobre o facto de não ter percebido que o tio estava muito fraco para sair de casa, Erika garantiu que "ele é que pediu para ir", acrescentando que tudo correu bem durante o trajeto de casa até ao banco.

Antes de entrarem na agência bancária, Erika terá perguntado ao tio se ele ficaria mais confortável se ela apoiasse a sua cabeça, ao que o idoso terá respondido que sim.

Já sobre a sequência de acontecimentos dentro do banco, a mulher afirmou que não se consegue recordar "de muita coisa", provavelmente devido aos medicamentos que toma com regularidade.

"Como eu faço tratamento, estava a tomar zolpidem. Às vezes tomava mais que um. Não sei se [o esquecimento] é efeito do remédio que tinha tomado naquele dia", disse.

Paulo Roberto tinha estado internado durante uma semana, antes de ir ao banco, mas, de acordo com Erika, os médicos não deram qualquer indicação para não sair de casa após a alta.

"Deram-me a receita de um medicamento para cinco dias. Eu comprei o remédio e as fraldas. Pensei que ele ia melhorar, que era só uma pneumonia", defendeu-se.

Sobre as duas semanas de detenção, Erika admitiu que "foram dias horríveis". "Não suportava mais. Foi muito difícil. Foi horrível, eu não percebi que o meu tio estava morto […]. Não sou essa pessoa que falam, não sou esse monstro", declarou.

Apesar da juíza responsável pelo caso ter revogado a prisão preventiva de Erika - por esta ser "portadora de saúde mental debilitada e ter uma filha menor com necessidades especiais" -, a brasileira continua acusada de furto mediante fraude, profanação de cadáver e homicídio por negligência.

Leia Também: Mulher que levou tio morto ao banco investigada por homicídio negligente

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