Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 12º MÁX 17º

Presidente do PT diz que faltar à posse de Maduro seria "cobardia"

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) brasileiro, Gleisi Hoffmann, considerou hoje que seria "cobardia" e uma "concessão à direita" faltar à posse de Nicolás Maduro para um segundo mandato presidencial Venezuela, não reconhwecido por grande parte da comunidade internacional.

Presidente do PT diz que faltar à posse de Maduro seria "cobardia"
Notícias ao Minuto

17:55 - 11/01/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"Nenhuma surpresa pelas críticas dos que ignoram as razões por eu ter aceitado o convite para posse na Venezuela. Deixar de ir seria covardia, concessão à direita. A esquerda pode ter críticas ao Governo de Maduro, mas o destino da Venezuela está nas mãos do seu povo e de mais ninguém", escreveu Gleisi Hoffmann no Twitter.

Hoffmann, que preside ao maior partido da oposição no Brasil, recebeu duras críticas, inclusive da própria esquerda, após viajar para Caracas para a tomada de posse de Maduro, esta quinta-feira, que não é reconhecido como Presidente pelo Brasil e por outros países.

A ex-candidata à presidência do Brasil, Luciana Genro, uma das principais dirigentes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), afirmou que a esquerda acabará por se afundar no Brasil se insistir em apoiar Nicolás Maduro.

"Gleisi vai representar o PT na posse do Maduro, dando uma mãozinha para aqueles que querem liquidar a esquerda. Mas só uma esquerda 'mofada' podia apoiar o Maduro nestas alturas. Há muito tempo que deixou de ser um Governo progressista. E o pior é que a oposição forte é burguesa e elitista" afirmou Luciana Genro.

A senadora destacou hoje, através das redes sociais, que a Venezuela possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo e Maduro "deve ser o próximo Presidente" da Organização dos Países Exportadores de Petróleo do Mundo (OPEP).

Nesse sentido, Hoffmann acusou o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de querer criar, através da sua "atitude belicista", as condições para "internacionalizar o conflito venezuelano".

"A atitude belicista de Trump pode internacionalizar o conflito venezuelano. Os Estados Unidos da América querem criar condições para isso. Nossa região será um novo Médio Oriente?", questionou.

Antes de viajar para a Venezuela, Gleisi disse que a sua presença na cerimónia de Maduro seria para denunciar "a posição agressiva do Governo de [Jair] Bolsonaro [Presidente brasileiro] contra a Venezuela", que "é contrária à tradição diplomática" do país.

A visão do partido do ex-Presidente Lula da Silva enfrenta a posição adotada por dezenas de países e pelo Grupode Lima, um organismo multilateral onde representantes de 12 países latino-americanos e o Canadá se reuniram para estabelecer uma saída pacífica para a crise na Venezuela, e que anunciaram de antemão que não reconhecerão a legitimidade do novo mandato que Maduro iniciou, uma posição que não foi subscrita apenas pelo México.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório