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Irão diz que EUA querem "escravidão" no Médio Oriente e pede unidade

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, acusou hoje os Estados Unidos de quererem um sistema de "escravidão" no Médio Oriente, apelando à unidade dos países islâmicos para derrotar quer Washington quer Telavive.

Irão diz que EUA querem "escravidão" no Médio Oriente e pede unidade
Notícias ao Minuto

17:24 - 24/11/18 por Lusa

Mundo Hassan Rohani

Discursando numa conferência internacional sobre a Unidade Islâmica em Teerão, Rohani afirmou que com a mudança da sua embaixada em Israel para Jerusalém os Estados Unidos mostraram "mais do que nunca hostilidade em relação ao mundo do Islão".

"Ganharemos ao sionismo e aos Estados Unidos se nos unirmos", sublinhou na abertura da conferência intitulada "Jerusalém, eixo de união entre a nação islâmica (ummah)".

Há praticamente um ano, o Presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como capital de Israel e anunciou a mudança da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para aquela cidade, cuja parte oriental, ocupada e anexada pelo Estado hebreu, os palestinianos reivindicam como capital de um futuro Estado.

"Não temos medo dos que desembainham a espada contra o Islão. Os dias difíceis fortalecem a nossa fé", disse Rohani perante os cerca de 350 participantes na conferência vindos de uma centena de países.

O Presidente iraniano considerou que "confiar nos estrangeiros é o maior erro histórico", evocando a compra de armamento ocidental por parte dos países do Golfo, em especial a Arábia Saudita.

O Irão xiita e a Arábia Saudita sunita são rivais regionais, mas Rohani afirmou que Teerão está pronto a defender "os interesses do povo saudita face ao terrorismo e às superpotências".

"Não pedimos 450 mil milhões de dólares para isso", adiantou, referindo-se ao montante dos contratos militares entre Riade e Washington.

Nos últimos meses, os Estados Unidos restabeleceram sanções económicas contra o Irão após se terem retirado unilateralmente em maio do acordo sobre o nuclear assinado em 2015 por Teerão e as grandes potências.

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