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Riade "deve provar" que jornalista saudita desaparecido deixou consulado

O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan considerou hoje que a Arábia Saudita tem a responsabilidade de provar a sua versão de que o jornalista saudita desaparecido saiu do consulado saudita em Istambul.

Riade "deve provar" que jornalista saudita desaparecido deixou consulado
Notícias ao Minuto

17:52 - 08/10/18 por Lusa

Mundo Erdogan

O jornalista, Jamal Khashoggi, um crítico do regime de Riade, desapareceu em 02 de outubro após uma deslocação ao consulado saudita onde deveria obter a documentação necessária para o previsto casamento com a sua noiva turca.

Responsáveis oficiais sauditas referem que o jornalista, colaborador do diário Washington Post, deixou o edifício, uma versão que é negada pelas autoridades turcas, e quando surgiram informações sobre o seu assassinato por agentes de Riade.

No decurso de uma visita à Hungria, Erdogan disse que os sauditas "não podem deixar de confirmar que [o jornalista] saiu [do consulado]".

Responsáveis turcos referiram que as autoridades estão convencidas que Khashoggi foi morto no consulado, uma alegação negada pela Arábia Saudita.

Erdogan indicou que a polícia turca, serviços de informações e responsáveis judiciais estão a proceder a investigações. Erdogan disse estar a acompanhar pessoalmente o caso, por considerar ser um "dever político e humanitário".

As autoridades turcas pediram, entretanto, para fazer buscas no consulado saudita de Istambul, onde há quase uma semana foi visto pela última vez o jornalista Jamal Khashoggi, noticiou hoje a televisão turca NTV.

O pedido foi feito ao embaixador da Arábia Saudita em Ancara, chamado no domingo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, o que ocorre pela segunda vez desde o desaparecimento de Khashoggi, na terça-feira.

Nos últimos três anos, pelo menos três outros sauditas, todos membros da família real, mas veementes críticos da liderança saudita e que vivam na Europa, foram raptados. Amigos e pessoas próximas consideram que estão detidos em prisões na Arábia Saudita, ou com um destino muito pior.

Em paralelo, o senador norte-americano Lindsey Graham, aliado de Donald Trump, preveniu hoje a Arábia Saudita que, caso sejam confirmadas as informações sobre o assassínio de Jamal Khashoggi, as consequências serão "devastadoras" para as relações entre Riade e Washington.

O reino saudita deve fornecer "respostas honestas", considerou o senador republicano.

"Estamos de acordo que caso se confirmem as acusações contra o governo saudita, isso seria devastador para as relações entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos e com um pesado tributo a pagar, em termos económicos e não só", acrescentou o senador, antes de acrescentar que o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado, Bob Corker, também partilha a sua opinião.

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