UE "seriamente preocupada" com tentativa "agressiva" de ciberataque russo

A União Europeia (UE) manifestou "sérias preocupações" com a tentativa "agressiva" de ciberataque da Rússia à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), baseada na Haia, hoje denunciada pelo Governo holandês.

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Lusa
04/10/2018 13:22 ‧ 04/10/2018 por Lusa

Mundo

OPAQ

"Expressamos sérias preocupações face a esta tentativa de minar a integridade da OPAQ, uma organização internacional respeitada", referiram, num comunicado conjunto, os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e ainda a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini.

"Este ato agressivo mostra desrespeito pelo objetivo solene da OPAQ", de erradicar as armas químicas em todo o mundo, atuando sob mandato da ONU, salientam os responsáveis da UE.

O serviço de informação holandês frustrou em abril uma tentativa russa de ciberataque à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), baseado em Haia, e expulsou quatro agentes russos, declarou hoje a ministra da Defesa da Holanda, Ank Bijleveld.

Ank Bijleveld afirmou, durante uma conferência de imprensa, que os factos ocorreram a 13 de abril, mas só decidiu anunciar agora devido às informações publicadas hoje pelo Governo britânico, que acusam os serviços de informação russo de realizar uma série de ciberataques globais.

Os quatro oficiais envolvidos neste caso na Holanda, cujas identidades não foram reveladas, foram levados de avião para Moscovo no dia da prisão e tiveram de deixar todos os seus pertences na Holanda.

Além disso, um computador portátil pertencente a um dos quatro agentes, que alegadamente integram os serviços secretos russos (GRU), estava ligado ao Brasil, à Suíça e à Malásia.

O conteúdo dizia respeito à investigação do acidente do voo MH17 da companhia Malaysia Airlines, abatido por um míssil em 2014 no leste da Ucrânia, afirmou a ministra.

Durante o mês de abril, ocorreram com bastante frequência reuniões na OPAQ porque foram lançadas duas investigações altamente controversas, uma sobre o ataque químico em março contra o antigo espião russo Sergei Skripal e a sua filha em Salisbury (Reino Unido), e outra sobre o alegado uso de armas proibidas contra a população civil na cidade síria de Duma.

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