As autoridades holandesas expulsaram quatro espiões russos apanhados a conspirar contra a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que tem a sede em Haia, noticia a BBC. O caso remonta ao passado mês de abril.
A OPAQ, que em 2013 venceu o Prémio Nobel da Paz, investigava o envolvimento da Rússia no envenenamento com um agente químico do ex-espião Serguei Skripal.
A mesma organização também está a investigar a alegada utilização de armas químicas por parte do regime de Bashar al-Assad na Síria, cujo principal aliado é Moscovo.
Segundo a AP, o ministro da defesa holandês, Ank Bijleveld, afirma que os agentes russos procuravam ficheiros sobre a investigação à queda do avião MH17.
O plano de conspiração foi descoberto graças a um trabalho conjunto entre Holanda, Reino Unido e Estados unidos.
Os quatro suspeitos tinham passaportes diplomáticos. Foram vistos no interior de um carro, perto das instalações da OPAQ e, alegadamente, estariam a tentar hackear a instituição.
No mesmo sentido das acusações holandesas, as autoridades britânicas acusam Moscovo de interferir em vários eleições de países ocidentais e de levarem a um cabo uma série de ataques informáticos contra o ocidente.