Empate eleitoral sueco abre período de incerteza que pode durar semanas
O empate entre a esquerda e a direita nas legislativas de domingo na Suécia abriu um período de incerteza política quanto a quem vai governar o país, e com quem, que pode prolongar-se por várias semanas.
© Reuters
Mundo Eleições
Resultados provisórios apontam para que o bloco da esquerda - que junta sociais-democratas, esquerda e ambientalistas - tenha obtido 40,6% e a Aliança de direita, na oposição, 40,2%, deixando os dois adversários tradicionais aquém da maioria necessária para formar governo.
Ao mesmo tempo, a extrema-direita dos Democratas Suecos afirmou-se como terceira força política, tendo obtido quase 18% dos votos.
O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, que levou os sociais-democratas ao poder em 2014, afirmou que pretende manter-se no cargo, depois de o seu partido ter sido o mais votado, com 28,4%, embora elegendo menos deputados.
O líder dos Moderados, o segundo partido mais votado e o maior partido da Aliança de direita, Ulf Kristersson, pediu a demissão de Lofven e reclamou o direito de formar governo.
A Aliança, formada por quatro partidos de centro-direita e de direita, anunciou que vai reunir-se hoje para avaliar os passos a dar e exigir a demissão de Lofven e do governo de coligação entre sociais-democratas e Verdes.
Os resultados finais devem ser divulgados mais para o final da semana.
Com os números conhecidos até ao momento, nenhum partido consegue a maioria parlamentar de 175 lugares, tornando necessárias muitas semanas de negociações até que o próximo governo possa ser formado.
Tanto o bloco de esquerda como a aliança de direita afirmaram antes das eleições que recusam negociar qualquer coligação com a extrema-direita.
Aos apoiantes, Lofven disse que a eleição se traduziu numa "situação com que os partidos responsáveis têm de lidar" e acrescentou, referindo-se aos Democratas da Suécia, que "um partido com raízes no nazismo [...] nunca pode oferecer responsabilidade, apenas ódio".
"Temos uma responsabilidade moral. Temos de juntar forças pelo bem", disse.
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