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Mamma Maria, a mulher que ajuda os refugiados apesar das ameaças

Maria Makrogianni costumava alimentar os refugiados no seu restaurante na ilha grega de Samos. Foi ameaçada diversas vezes. Fechou o restaurante mas a sua generosidade não tem fim.

Mamma Maria, a mulher que ajuda os refugiados apesar das ameaças
Notícias ao Minuto

12:43 - 01/08/18 por Fábio Nunes

Mundo Grécia

Na Europa em que se constroem vedações para delimitar as fronteiras dos países e onde não faltam exemplos de xenofobia, na ilha grega de Samos vive uma mulher que não virou as costas aos refugiados que ali chegaram e que os tem ajudado e alimentado.

Inicialmente, Maria Makrogianni e o seu marido Michalis recebiam os refugiados no seu restaurante numa das praias de Samos. “Mais de 20 mil pessoas, talvez 30 mil vieram ao restaurante. Trabalhei imenso mas nunca me senti cansada”, disse a mulher, conhecida entre os refugiados como Mamma Maria.

Mas depois começaram as ameaças de quem se sentiu incomodado com a generosidade e o altruísmo de Maria. “Ligavam-me e diziam-me para não ajudar os refugiados. Diziam que eu alimentava os refugiados e que viriam atrás de mim para me magoarem”.

Maria e Michalis decidiram fechar o restaurante. Mas isso não impediu Mamma Maria de continuar a ajudar os refugiados. “As ameaças não me vão fazer parar de oferecer refeições aos refugiados”, afirma em tom desafiante.

Agora recebe-os na sua casa. Alimenta-os e diz com orgulho que nunca recusou ninguém que tivesse batido à porta a pedir uma refeição.

A ajuda de Maria não se ficou por aqui. Ofereceu parte do terreno que tinha na sua casa para que os refugiados possam plantar os seus alimentos, muitos dos quais são utilizados nas refeições que cozinha para eles.

“Nunca devemos afastar um ser humano. Devemos acolhê-los, mostrar-lhes amor. Não ficarmos apenas a observar à distância. Isto enche-me de vida. Mesmo se não tivéssemos nada, dávamos-lhes amor”, salientou Maria numa mensagem de esperança.

Atualmente, vivem quase quatro mil refugiados em Samos, de acordo com dados do ministério do Interior grego. A grande maioria é enviada para a Grécia após recusa de outros países europeus.

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