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Teerão saúda resistência aos EUA de europeus, russos e chineses
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão saudou hoje a forma como a Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia demonstraram "vontade política de resistir" aos Estados Unidos e de salvar o acordo nuclear.
© Reuters
Mundo Javad Zarif
Os chefes das diplomacias daqueles cinco países afirmaram hoje o seu empenho em permitir que o Irão continue a exportar petróleo e gás, apesar da saída dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015, numa reunião realizada em Viena em definiram 11 objetivos para salvar o acordo.
"O que constatei durante essa reunião foi que todos os membros, até os três aliados [de Washington - Berlim, Paris e Londres], empenharam-se e mostraram vontade política para tomar medidas e resistir aos Estados Unidos", afirmou Javad Zarif numa declaração à imprensa transmitida em vídeo pela agência iraniana Fars.
"É a primeira vez que mostram um empenho deste nível, mas teremos de ver no futuro [se há correspondência entre] o que querem fazer e o que podem fazer", acrescentou.
O ministro prosseguiu afirmando que, segundo as explicações que recebeu da reunião de hoje, os processos propostos ao Irão "são perfeitamente realizáveis": "Se continuarem a demonstrar essa vontade política que mostraram hoje, vão conseguir fazer as coisas sem nenhum problema".
Os Estados Unidos anunciaram em maio a saída do acordo e o restabelecimento das sanções económicas e financeiras ao Irão, apelando aos aliados para que cessem todas as importações de petróleo e gás iraniano até 04 de novembro.
Os outros cinco Estados-parte do acordo criticaram a decisão e têm estado a negociar com o Irão uma forma de salvar o pacto, que permitiu o levantamento gradual das sanções internacionais ao Irão em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.
Hoje, depois de pouco mais de duas horas de reunião em Viena, "numa atmosfera construtiva e de confiança", os ministros dos cinco países divulgaram uma lista de objetivos para "oferecer soluções práticas para manter a normalização das relações comerciais e económicas com o Irão", segundo um comunicado conjunto.
Entre esses objetivos figuram, além das exportações, "a preservação e manutenção de canais financeiros eficazes com o Irão, a continuação das comunicações marítimas, terrestres, aéreas e ferroviárias, a promoção da cobertura de crédito à exportação, um apoio claro e eficaz aos operadores económicos que negoceiam com o Irão [...], o encorajamento de novos investimentos no Irão" e "a proteção dos operadores económicos quanto aos seus investimentos e outras atividades financeiras no Irão".
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