Como a sociedade promove os distúrbios alimentares
A alimentação nunca esteve tanto no centro das atenções como nos dias de hoje. Numa altura em que o saudável se confunde com o exagero, há que ter uma especial atenção à forma como a sociedade se comporta.
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Lifestyle Saúde
Os distúrbios alimentares continuam a ser um dos problemas de saúde mais comuns e frequentes em todo o mundo. Homens, mulheres, jovens, velhos, saudáveis, doentes. Não importa. Os problemas de foro alimentar não escolhem género, nem idades, nem tão pouco estatutos e condições financeiras.
Embora a genética seja uma das principais causas – a ciência crê que as pessoas com distúrbios alimentares apresentam alterações em determinados químicos cerebrais que controlam o apetite e a digestão –, a sociedade tem também a sua quota-parte de responsabilidades.
Segundo o site Bustle, são cinco as formas como a sociedade pode desencadear e promover distúrbios alimentares como a anorexia e bulimia. Uma delas diz respeito ao uso contínuo de edição de imagem nas revistas e publicações online.
O recurso ao Photoshop nada mais faz do que criar um ideal e padrão de beleza irreal. Mas o padrão de beleza é também incentivado com a escolha dos protagonistas, cada vez mais magros. Embora surjam cada vez mais campanhas que apelem à ‘verdade’ dos anúncios, continuam a ser os ‘magros’ os eleitos.
Como não poderia deixar de ser, também as redes sociais estão relacionadas com a frequência dos distúrbios alimentares da actualidade. O Instagram e o Pinterest (por serem duas redes socais ligadas à imagem) estão repletos de publicações e desafios que incentivam a perda de peso, seja de uma forma saudável ou não.
Além de aumentarem os sentimentos negativos e a sensação de frustração, as redes sociais tornam-se perigosas pela tendência de imitação, muitas vezes por conta própria e sem acompanhamento médico.
À exceção de uma ou outra personagem, como Hannah de Lena Dunham, os programas televisivos, em especial as séries, são protagonizados por atores e atrizes esbeltos, magros e que se encontram nos padrões de beleza defendidos pelo mundo da moda e que estão longe de serem os melhores.
No ano passado, França passou a obrigar a apresentação de um atestado médico de forma a provar que as modelos não estão demasiado magras.
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