Pesquisa revela como células B "farejam" vírus invasores e os atacam
Investigadores britânicos explicam como estas células presentes no sistema imunológico 'sentem o odor' e 'caçam' microrganismos externos que atacam o organismo, incluindo vírus e bactérias nocivas.
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Lifestyle Defesas do organismo
Cientistas da Universidade de York, no Reino Unido, publicaram um estudo na revista Nature Communications, divulgado pela revista Galileu, que demonstra como as pouco conhecidas células B viajam até aos gânglios linfáticos e combatem vírus e bactérias.
Para tal, as células B navegam por uma intrincada via de células, sangue e vasos linfáticos com o intuito de alcançar os folículos dos gânglios, que operam como 'pontos de controlo' de patógenos.
De acordo com Mark Leake, co-autor da pesquisa e professor do Departamento de Física da Universidade de York, afirmou num artigo publicado na página online da instituição: "o estudo sugere que as células B 'farejam' uma trilha química que lhes permite nadar por distâncias relativamente longas num microambiente altamente complexo para alcançar o seu destino principal".
"Contar com um único transmissor químico para agir como 'farol' em todo o linfonodo não seria suficiente, pois o sinal torna-se demasiado diluído e afetado pelos ruídos. Em vez disso, esses múltiplos sinais são como uma trilha de migalhas de pão que as células podem seguir", contou.
Conforme explica a Galileu, as estruturas dentro dos gânglios linfáticos deixam um trilha de pistas químicas que guiam as células B através de tecidos intrincados. Ao alcançarem o seu destino, as partículas confrontam patógenos invasores e destroem moléculas presentes na parte exterior dos microrganismos, os antígenos. De seguida, são a conhecer esse 'invasor' às células T, que, por sua vez, produzem anticorpos, capazes de identificar e destruir esses elementos nocivos.
O estudo é, segundo os cientistas, de extrema relevância para um melhor entendimento acerca do funcionamento do sistema imunológico e por que motivo por vezes é tão eficaz a combater vírus, e outras vezes não.
Mais ainda, os dados apurados podem contribuir para entender o mistério de como estas células, cem vezes mais pequenas que um milímetro, conseguem percorrer distâncias de cerca um metro para chegar às áreas onde a sua presença é necessária no organismo.
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