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Flagrante delito. Por que não resistimos a roubar material do escritório?

Já levou material do escritório para casa? Roubou algumas canetas e papéis da sua empresa? Ou até mesmo usou a impressora para imprimir bilhetes para concertos ou bilhetes de avião? Entenda por que é tão difícil resistir à tentação.

Flagrante delito. Por que não resistimos a roubar material do escritório?

Uma pesquisa recente realizada pela empresa norte- americana Papermate (divulgada pela publicação The Conversation) como parte do lançamento de uma nova caneta, todos os participantes admitiram ter roubado uma esferográfica no trabalho. Outros estudos indicam que até 75% dos funcionários afirmaram ter surripiado material do escritório no ano passado.

Os prejuízos em termos económicos causados por esses ‘pequenos furtos’ são avaliados em centenas de bilhões de euros anualmente.

Então, se esse comportamento é tão prejudicial, por que não o abandonamos de vez?

Quando começa em um novo emprego, normalmente o empregador faz uma série de promessas em relação ao trabalho que não são necessariamente parte do seu contrato escrito.

Imagine que o seu empregador lhe promete um "horário de trabalho flexível" e um "ambiente de trabalho harmonioso".

Ao fazer essas promessas, criou em si um conjunto de expectativas. Essas expectativas formam a base do que chamamos de ‘contrato psicológico’.

Enquanto o seu chefe mantiver a palavra, você será um empregado feliz, comprometido e leal. O problema é que isso raramente acontece. Sabemos que, com o tempo, as perceções de empregadores e funcionários sobre o que foi prometido podem começar a afastar-se cruelmente da realidade.

Promessas quebradas

Na realidade, muitas pessoas vão perceber, depois de um determinado tempo, que o chefe vai deixar de cumpriras promessas iniciais. Na verdade, cerca de 55% dos funcionários relatam que o chefe quebrou as promessas nos primeiros dois anos de emprego e 65% dizem ter tido uma promessa quebrada no último ano.

Mais recentemente, estudos revelaram que os empregados têm que lidar com promessas quebradas a uma taxa semanal ou até diária.

Se me enganas, não posso vingar-me?

Esse é o pensamento que muitos de nós temos.

Como essas promessas são uma parte tão central do contrato de trabalho, sentimos que, quando são quebradas pelo empregador, podemos levar o que é ‘legitimamente’ nosso.

Os funcionários que experimentam promessas não cumpridas tendem a passar por uma série de emoções negativas muito intensas, como raiva, frustração e indignação, que por sua vez levarão a um desejo maior de dominar, retaliar e se nivelarem com o empregador.

Além disso, os investigadores apuraram que esse efeito era mais profundo entre aqueles que tinha um alto desempenho laboral e esperavam ser tratados de forma justa, o que significa que os melhores funcionários de uma organização são mais propensos a ser ‘vingativos’ perante promessas não cumpridas.

Outros estudos também evidenciaram que algumas pessoas parecem gostar de se comportar de forma vingativa, especialmente quando estão num papel de status mais elevado e quando se sentem mais dominantes. Então, notamos que a combinação do ‘desejo de retaliar’ e ‘desfrutar de encenação vingativa’ leva a um reforço positivo desse comportamento. E daí levamos aquela caneta, aquele caderno ou imprimimos por inteiro um livro que descobrimos online...

Como consequência, é muito mais provável que os funcionários sejam vingativos no futuro quando forem confrontados com uma promessa quebrada, porque experienciam principalmente consequências positivas do seu comportamento negativo.

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