Estudo confirma o sucesso de terapia que permite paraplégicos andar
Uma vez mais, será necessária uma amostra mais considerável para que a terapia possa ser validada. Ainda assim, o trabalho agora apresentado na Nature é promissor e garante resultados em apenas uma semana.
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Foi no final de setembro passado que veio a público duas investigações americanas que apresentavam uma proposta terapêutica que permitia que indivíduos com paralisia voltassem a andar.
Segundo os especialistas americanos, é através da junção entre eletroestimulação na espinal medula (conseguida por uma simples cirurgia que implanta um pequeno aparelho nesta parte do sistema nervoso) e fisioterapia específica que se conseguem os resultados já comprovados: os grupos de indivíduos que serviram de amostra era bastante pequenos -um de quatro e outro de apenas um indivíduo – contudo, os promissores resultados abriram as portas para um caminho que se entende como promissor já que até então a paralisia era vista como um problema sem tratamento e com o qual se tinha de aprender a viver.
A partir destas propostas, outro grupo de investigadores (desta vez da Suíça) aprofundaram-se na mesma investigação, de onde resultaram novos e ainda mais otimistas resultados.
Tal trabalho foi publicado no passado dia 31 de outubro, por cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) e do Hospital Universitário de Lausanne. Tal como nos casos anteriores, também nesta investigação o foco esteve na eletroestimulação que era trabalhada a par de técnicas de fisioterapia específicas. Além da capacidade em se levantar e andar, com apoio de aparelhos específicos, no estudo sueco a amostra de três indivíduos com paralisia contou com um terceiro aspeto: o de recuperar o controlo voluntário de certos músculos, até então paralisados, um acrescento que se deveu à criação de novas conexões nervosas, que se tinham perdido aquando do acidente que levou à paralisia e que graças à reabilitação neurológica foram recuperados.
O que mudou? “A localização e o momento exatos da estimulação elétrica são cruciais para o paciente produzir o movimento pretendido. E também é esta coincidência espaço-temporal que desencadeia o crescimento de novas conexões nervosas”, lê-se no Globo.
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