Têm paralisia, mas conseguem andar graças a nova proposta terapêutica
É da junção entre eletroestimulação na espinal medula e fisioterapia específica que se consegue tal feito, apontam duas investigações que tiveram o mesmo foco e foram apresentadas esta segunda-feira.
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Por vezes, as lesões na coluna têm como consequência a paralisia, um problema que até então não tinha reversão e com o qual se tinha de aprender a viver, mas que parece vir a poder contar com uma cura.
Assim defendem dois trabalhos de investigação agora apresentados – um da Universidade de Louisville, nos Estados unidos, e outro da Universidade da Califórnia, Los Angeles.
O primeiro estudo referido, do grupo americano, contou com uma amostra de quatro indivíduos paraplégicos mas com alguma sensibilidade nas pernas que tinham em comum o período de cerca de dois anos e meio de fisioterapia com grande assistência, que praticavam diariamente, e que em nenhum caso apresentou melhorias.
A amostra foi exposta a uma cirurgia em que se implantou na coluna um aparelho estimulador epidural e aí sim, viu-se melhorias. Em dois dos indivíduos, notou-se o ganho de capacidade de andar apenas com apoio de barras laterais, nos restantes dois indivíduos em análise, cuja lesão da coluna havia acontecido em zonas mais altas da coluna, não conseguiram andar, contudo, apresentaram também melhorias através da capacidade de se levantar e sentar sozinhos.
Já na experiência avançada pelos cientistas californianos, testada apenas num indivíduo, os positivos resultados no paraplégico que voltou a andar advieram da implantação de um aparelho estimulador nas vértebras a par da fisioterapia com um aparelho que permitia ao indivíduo andar de forma quase independente, mas com apoio para o seu peso.
Pela semelhança dos estudos, as conclusões aproximam-se e permitem abrir portas para novas investigações sobre o tema que parece ter um futuro otimista com base no desenvolvimento tecnológico, que relaciona o funcionamento cerebral com o da espinal medula (mesmo anos após o acidente) a par de novas técnicas terapêuticas desenvolvidas propositadamente para as cirurgias de implante de que agora se fala.
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