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É assim que vai ser feliz, neurocientista explica como

De acordo com Moran Cerf, um neurocientista da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, que estuda o processo humano de toma de decisões há mais de uma década, a melhor forma de maximizar a felicidade não tem nada a ver com experiências, bens materiais ou com filosofias de vida.

É assim que vai ser feliz, neurocientista explica como
Notícias ao Minuto

09:00 - 03/05/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Felicidade

Mas sim com quem decide passar o seu tempo. Porém, “não se trata apenas de um aviso para que escolha os seus amigos com cuidado”, explicou Cerf à publicação norte-americana Business Insider.

Existem duas premissas que levam Cerf a acreditar que a companhia é o fator mais importante para garantir a satisfação e felicidade a longo prazo.

A primeira refere-se ao facto que tomar decisões é um processo cansativo. Várias pesquisas já demonstraram que os humanos têm uma quantidade limitada de energia mental devotada a fazer escolhas.

Escolher o que vai vestir, onde vai comer, o que comer quando lá chegar, que música ouvir, onde ir às compras, o que fazer nos tempos livres… todos estes pontos exigem que o nosso cérebro foque grande parte da sua energia a escolher, durante todos os dias, minutos e segundos.

A segunda premissa é que os homens acreditam, erradamente, que detém o controlo sobre a sua própria felicidade através das escolhas que fazem. ‘Se tomarmos as decisões certas, colocamo-nos no caminho certo para a satisfação e para o contentamento’ - falso.

Cerf rejeita essa ideia. A verdade é que a toma de decisões é contaminada por preconceitos e ideias que influenciam o nosso julgamento e visão. Muitas vezes as pessoas confundem experiências que foram más como positivas, e vice-versa; deixam que as suas emoções influenciem uma escolha racional em detrimento de uma irracional; e são sugestionadas por normas sociais e por grupos a fazer certas escolhas, pelas quais não optariam naturalmente.

Mas como Cerf diz aos seus alunos, este último fator por ser aproveitado para o bem.

As investigações que já conduziu na área da neurociência apuraram que quando duas pessoas gozam da companhia uma da outra, as suas ondas cerebrais tornam-se quase idênticas. Por exemplo, um estudo conduzido entre espetadores de cinema, concluiu que os mesmos trailers de filmes produzem efeitos semelhantes nos cérebros de quem os vê.

“Quanto mais estudamos as relações humanas, percebemos que apenas estar próximo de certos indivíduos alinha os seus cérebros”, tendo como base os maneirismos, o cheiro do espaço onde se encontram, o nível de ruído e outros fatores, afirmou Cerf.

“O que significa que as pessoas com quem está no dia a dia impactam na sua forma de estar e no modo como vê a realidade à sua volta. E consequentemente ganha parecenças com essa pessoa ou pessoas”.

É também aparente no comportamento. Alguém que está deprimido provoca um ambiente mais taciturno; pessoas que falam muito rápido e alto tornam as conversas mais animadas; ou aqueles que gostam de fazer piadas aligeiram qualquer situação e contribuem para o bom humor geral.

Dessas duas premissas, a conclusão do especialista é que quem deseja maximizar a sua felicidade e minimizar sentimentos de stress e de ansiedade, deve construir uma vida que requeira tomar menos decisões, rodeando-se de pessoas que incorporem os traços de personalidade que você próprio prefira.

Com o tempo, vai adotar naturalmente essas atitudes alheias que considera desejáveis e passar menos tempo a tomar decisões que esgotam a sua energia mental.

Por exemplo quando Cerf vai jantar fora, tenta evitar ser ele a escolher o restaurante. Ao invés, prefere tomar apenas uma decisão – com quem vai comer – e escolher alguém para o acompanhar que aprecie e em quem confie. A probabilidade é que esse individuo escolha um local que Cerf goste.

Cerf também tem como regra comer o segundo prato que aparece no menu.

Confuso? O neurocientista evita tomar duas decisões menores, optando por tomar a maior – a companhia, que à partida basta para tornar qualquer experiência positiva.

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